OPINIÃO

Maioria dos brasileiros acredita que vacina só estará disponível para eles daqui a mais de 4 meses, diz pesquisa

Há ainda os brasileiros, apenas 5% dos entrevistados, que não alimentam qualquer expectativa de vacinação contra o novo coronavírus

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 21/01/2021 às 10:00 | Atualizado em 21/01/2021 às 10:01
SERGIO ANDRADE/GOVERNO DE SÃO PAULO
"Planejamento, trabalho e senso de urgência. Viva a vida!", disse o governador pelo Twitter - FOTO: SERGIO ANDRADE/GOVERNO DE SÃO PAULO

Vacina em quatro meses

Levantamento do instituto Paraná Pesquisa realizado em todo o País para o site Diário do Poder e esta coluna, revela um certo ceticismo dos brasileiros em relação a vacinação em prazo curto. A maior parte dos entrevistados (20%) acredita que a vacina contra a covid-19 só estará disponível para eles “daqui a mais de quatro meses”. Um percentual muito próximo (18,8%) representa os cidadãos está que apostam em um prazo de um e dois meses. E 13,4% apostam em até quatro semanas. Há ainda os brasileiros, apenas 5% dos entrevistados, que não alimentam qualquer expectativa de vacinação contra o novo coronavírus.

Otimismo

Os mais otimistas, que apostam em vacinação nos próximos 15 dias, são 6,8% do total, enquanto 14,9% não sabem quando isso ocorrerá. Para 10,9%, o prazo de acesso à vacina será de mais de dois meses, mas menos de três meses. Já 10,1% apostam entre três e quatro meses. O Paraná Pesquisa entrevistou 2080 em 238 municípios dos 26 estados e no Distrito Federal, entre 16 e 19 de janeiro deste ano.

Índia x Brasil

A Índia e a África do Sul defendem a ampla suspensão (“waiver”) do TRIPS (Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio), na Organização Mundial do Comércio (OMC). Para os indianos, o “waiver” do TRIPS ajudaria na “prevenção, contenção e tratamento da Covid”. Mas o acordo já prevê flexibilidades, como o licenciamento (voluntário e compulsório) de tecnologias. Autoridades brasileiras enxergam a proposta indiana como oportunista.

Mosca chinesa

O serviço secreto escalou um asiático como “mosca” (o agente que fica colado ao presidente, nos EUA ou aqui). Tem pinta de chinês. Mais um gesto estudado de Joe Biden, este para agradar a China.

Factóide

Após o embaixador chinês dizer a Rodrigo Maia que são técnicas e não políticas as dificuldades para liberar os insumos para vacina, caiu a ficha: tudo não passou de fake news. Ou factoide, como esta coluna preveniu.

Posição histórica

O Brasil historicamente defende as medidas de flexibilização do acordo, e tem apoio de outros países em desenvolvimento, como Chile e México.

Punição

Presidente do TCE do Amazonas, Mário Mello exigiu a lista de vacinados para apurar se afilhados do governador e do prefeito de Manaus estariam furando a fila da vacinação. Se isso aconteceu mesmo, não sairá barato.

Acordo

O acordo TRIPS garante proteção de patentes e propriedade intelectual, inclusive de medicamentos, insumos e vacinas, abarcando os genéricos.

Frase

"...pronto para trabalhar pela prosperidade de nossas nações”. Presidente Jair Bolsonaro ao parabenizar Joe Biden por sua posse nos Estados Unidos

Exemplo?

Ex-bolsonarista, Alexandre Frota (PSDB-SP) apresentou projeto para obrigar deputados federais e senadores a se vacinarem contra a covid-19. Para o deputado, parlamentares devem “dar o exemplo”.

Primeiro eu

Após Justiça e MPSP, a Semesp (entidade das “mantenedoras de ensino superior”) pede ao governo paulista pelo suposto direito dos profissionais de educação de “furar a fila” da vacinação. Que vergonha.

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