Opinião

Elogiada carta de Jair Bolsonaro a Joe Biden contém erro histórico

Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 22/01/2021 às 9:03 | Atualizado em 22/01/2021 às 9:18
MARCOS CORRÊA/DIVULGAÇÃO
Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República - FOTO: MARCOS CORRÊA/DIVULGAÇÃO

Carta contém erro de história

A elogiada carta de Jair Bolsonaro a Joe Biden contém um erro histórico: ao contrário do que diz o documento, foi a Argentina e não os Estados Unidos o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil. Consultando o site do Ministério das Relações Exteriores, o diplomata que ajudou na carta encontraria a linha do tempo que atribui aos argentinos o gesto de 5 de agosto de 1823, onze meses após o "grito de independência" de D. Pedro I às margens plácidas do Rio Ipiranga. Somente em maio de 1824 o presidente americano James Monroe receberia o embaixador brasileiro para oficializar o reconhecimento. Estudo de 2017 do Centro de História e Documentação Diplomática da Fundação Alexandre de Gusmão, cravou: o primeiro foi a Argentina. O argentino Valentin Gómez foi portador de carta ao chanceler brasileiro do seu líder Bernardino Rivadavia, reconhecendo nossa independência.

Oxford vacinará grupo 

Os pesquisadores da vacina de Oxford/AstraZeneca vão fazer a "quebra do cego", revelando a todos os voluntários do estudo quem recebeu o imunizante ou placebo. De acordo com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, a quebra do cego seria feita até 10 dias depois da vacina ser autorizada, o que ocorreu no domingo (17), e os voluntários foram contatados para agendar apresentação a partir de segunda (25), quando saberão se já estão imunizados e o grupo de controle será vacinado. Os contatos começaram no dia seguinte à autorização da Anvisa. "É o fim da dúvida e a garantia de estar imune", disse um dos voluntários. Ao receberem a ligação, os pesquisadores pediram aos voluntários que levassem consigo o cartão de vacinação para registro da imunização. Vale lembrar que o placebo do estudo é a vacina MenACWY. Protege de meningite e sepse causada por meningococo dos grupos A, C, W e Y. O procedimento é padrão e similar ao adotado pelos pesquisadores da Pfizer/BionTech, que já começaram a vacinar quem recebeu placebo.

Labirinto

Amigos atribuem o acanhado desempenho de João Campos ao fato de a prefeitura do Recife estar "quebrada". Geraldo Julio, o ex, não parece preocupado: mal deixou a prefeitura, ganhou uma secretaria estadual.

Do atraso

O esforço de sindicalistas em prolongar a folga decorrente do isolamento vai gerar sequelas duradouras na sociedade. Segundo pesquisa da FGV, na educação o retrocesso no aprendizado será de até quatro anos.

Variante

O primeiro-ministro mala do Reino Unido, Boris Johnson, apontou o dedo para uma suposta "variante brasileira" para desviar o foco da sua própria variante, que segundo a OMS, já foi identificada em dezenas de países.

Abuso no poder

O deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) conta que Rodrigo Maia criou muitas dificuldades para que a maioria da bancada do PSL exercesse o direito de apoiar Arthur Lira para a presidência da Casa.

Parceria

O slogan do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) na disputa pela presidência da Câmara prevê " independência". Adversários ironizam dizendo que "essa parte ele precisa combinar com o STF e o Rede".

Imprevista

O STF fez história com a recusa do ministro Ricardo Lewandowski, ontem, de afastar o ministro Eduardo Pazzuelo (Saúde). A liminar era do partido Rede, aquele que curiosamente ganha (quase) todas no tribunal.

Frase

"É inaceitável 'furar a fila'", diz Ex-presidente Dilma Rousseff, ao recusar convite de João Doria para se vacinar.

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