OPINIÃO

Bolsonaro deveria interferir nos custos faraônicos da Petrobras

Na Petrobras, os valores somados de "auxílios" (babá, creche, cuidador, alimentação, refeição etc) acrescentam quase R$3 mil aos salários

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 22/02/2021 às 8:40 | Atualizado em 22/02/2021 às 8:40
ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL
Em 31 de dezembro se encerram 70% dos contratos de fornecimento de gás natural às distribuidoras que abastecem todo o País - FOTO: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

Petrobras: preço x custo

O presidente Jair Bolsonaro já reiterou que não vai interferir na política de preços da Petrobras, mas, como representante do acionista majoritário da estatal, agora sob nova direção, deveria interferir em seus custos faraônicos, determinantes no assalto ao bolso do consumidor. Os brasileiros pagam, sem saber, truques que multiplicam salários dos 52 mil funcionários da Petrobras. Os salários chegam R$107 mil mensais, sem contar os penduricalhos. É o triplo do salário do presidente da República. Além da suposta cotação internacional, impacta no custo do combustível os bilhões gastos dos truques para aumentar salários na Petrobras. Os privilégios listados em relatório da Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia nas estatais como Petrobras provocam repulsa. Na Petrobras, os valores somados de “auxílios” (babá, creche, cuidador, alimentação, refeição etc) acrescentam quase R$3 mil aos salários. Um dos mais caros privilégios do pessoal da Petrobras, a “assistência à saúde”, soma mais de R$2,3 bilhões por ano bancados pelo brasileiro.

Ex-detentos não amedrontam

Levantamento nacional do Paraná Pesquisas, exclusivo para o site Diário do Poder e esta coluna, perguntou a mais de 2 mil brasileiros se eles se sentem seguros ao saber que esta sendo atendido por ex-presidiario. Do total, 58,1% responderam “sim” e 35,2% afirmam não se sentir seguro diante dessa situação. Outros 6,7% preferiram não opinar. O instituto fez a pesquisa nos 26 estados e Distrito Federal, entre 8 e 12 deste mês. Na faixa etária acima dos 60 anos, a maioria sente-se segura, mas só para 50,1%, a menor de toda a pesquisa. São 42,3% os inseguros. No Sul, o índice de pessoas que se sentem seguras sendo atendidas por um ex-presidiário é a maior entre as regiões do País: 61,1%. Entrevistados na faixa etária de 25 a 34 anos são os mais seguros de todo o levantamento: 63,5% dizem sentir-se seguros com ex-presidiário.

Igual ao algoz

Sobre a prisão do deputado, Mansour Karmouche, presidente da OAB-MS adverte: “Hoje é um parlamentar da direita, amanhã pode ser da esquerda, ou o jornalismo pode ser vítima disso”. Para ele, a ordem de prisão “iguala o STF ao seu algoz”, que defende o AI-5 e o autoritarismo.

Boa notícia

O Brasil supera nesta segunda (22) a marca de 7 milhões de vacinados contra o coronavírus, o que equivale a quase 10% de todos nos grupos prioritários (77 milhões). É o 6º país que mais vacina em todo o mundo.

Página virada

A atenção ao episódio do deputado Daniel Silveira e à demissão do presidente da Petrobras, no final da semana passada, pelo menos demonstram que a pandemia já não monopoliza as atenções.

Exemplo

Única democracia no Oriente Médio, Israel dá show na campanha de vacinação contra covid-19. É, de longe, o país que mais imunizou seus habitantes. Até semana passada, 82% dos 9 milhões de habitantes.

Discrição atípica

A política tomou os holofotes, na última semana, mas Bolsonaro ficou fora disso. Segundo o Google Trends, que avalia o interesse de busca na internet, o do presidente está no menor nível dos últimos 12 meses.

Retomada

O site especializado norte-americano Simple Flying comemorou os baixos preços de passagens aéreas para o Brasil, a partir de outubro. “Boa: Brasil por menos de US$450 (R$ 2,4 mil) ida e volta”.

"Frase

“Estamos violentando aquilo que é mais sagrado, que é a capacidade de emitir palavras, opiniões e votos” - Major Vitor Hugo (PSL-GO), ao orientar o voto na Câmara dos Deputados.

 

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