Separação de poderes une
Os líderes do governo se articulam na defesa do presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta um dos momentos mais grave desde sua posse, em janeiro de 2019. O senador Eduardo Gomes (MDB-TO), por exemplo, que esteve alguns dias afastado para acompanhar um procedimento cirúrgico de sua mãe, considera que "o único e principal fator de união no Brasil é a separação de poderes, por mais óbvio e simples que pareça". Já não se sabe ao certo quem começou a briga, mas é possível lembrar fatos marcantes que ilustram o fim da separação dos poderes. O STF revoltou Bolsonaro ao anular atos meramente administrativos, a pedido de partidos da oposição, sobretudo do Rede, de um só deputado. A reação do presidente, considerada desproporcional, foi atacar ministros que, na sua avaliação, estariam empenhados em impedi-lo de governar. Decisões do STF anularam prerrogativas presidenciais como preencher cargos de confiança (PF, etc) e até mandaram o Congresso instalar CPI.
Os 700 mil 'fiscais' de Tarcísio
Enquanto holofotes estão fixados na briga entre STF e o presidente Jair Bolsonaro, a infraestrutura brasileira segue avançando a passos largos depois da transformação de cerca de 700 mil caminhoneiros em "fiscais de rodovias", como são chamados pelo ministro Tarcísio Freitas. Ele diz participar de 43 grupos de WhatsApp e receber mensagens diretas dos motoristas relatando defeitos, pedidos de manutenção ou de melhorias. Freitas revelou que um caminhoneiro entrou em contato às 2h da manhã de um sábado na hora da quebra do caminhão. Foi respondido na hora. "Na hora, mandei mensagem para o diretor-geral do DNIT e o reparo foi feito", disse Freitas, que depois recebeu um novo contato do motorista. O contato direto com caminhoneiros rende frutos. "No trajeto de volta, ele viu a obra feita aí fez um vídeo, agradeceu e isso viralizou nos grupos".
Jurista
O ex-presidente nacional da OAB Ophir Cavalcante acha que há possível crime a ser verificado em processo legal, no caso Roberto Jefferson, mas advertiu que "o STF não pode ser acusador e julgador ao mesmo tempo."
Script
O ex-presidente nacional da OAB Ophir Cavalcante acha que há possível crime a ser verificado em processo legal, no caso Roberto Jefferson, mas advertiu que "o STF não pode ser acusador e julgador ao mesmo tempo."
Sem menção
Na reinauguração do aeroporto de Campo Grande, dias atrás, omitiram a paternidade da reforma. Foi Carlos Marun quem obteve os recursos, quando era ministro da Secretaria de Governo do governo Michel Temer.
Jogo de cena
Após os canudos e sacolas, políticos querem proibir isopor em bandejas e copos térmicos. Não se enganem, o objetivo é "lacrar" na eleição. Mas eles não encaram o lobby de setores poderosos e altamente poluentes.
Não foi ele
A Conab identificou alta de mais de 50% no valor da cenoura e do tomate vendidos no atacado em cinco estados, com a maior variação vista em Vitória. O principal motivo foi o clima com geadas e baixas temperaturas.
Sol para todos
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica confirmou que o país superou marca de 700 mil consumidores com geração própria. Segundo a Absolar, foram R$ 32 bilhões investidos e 189 mil empregos criados.
Frase
"Não cabe ao julgador ser também autor da ação penal", disse Ophir Cavalcante, ex-presidente nacional da OAB, sobre as prisões ordenadas pelo STF.
Comentários