COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO

Com a arrogância habitual, Petrobras se comporta como se fosse privatizada

Confira os destaques de Cláudio Humberto para esta terça-feira (7)

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 07/12/2021 às 6:31 | Atualizado em 07/12/2021 às 6:38
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
A cotação está em queda há duas semanas, despencando de US$ 84 para US$ 69 o barril, redução de até 20% - FOTO: FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

O presidente Jair Bolsonaro está entre os brasileiros que acreditaram na conversa fiada da Petrobras, que preços altos dos combustíveis se devem aos aumentos da "cotação internacional do petróleo". A cotação está em queda há duas semanas, despencando de US$ 84 para US$ 69 o barril, redução de até 20%, mas a Petrobras se finge de morta, mostrando que era mesmo falso o vínculo à "cotação internacional". De outro lado, se o petróleo voltar a subir de US$ 69 para US$ 74, por exemplo, a Petrobras não hesitará em aumentar seus preços de novo. Com a arrogância habitual, a Petrobras divulgou nota desmentindo o presidente, para afirmar, em resumo, que não cogita reduzir preços. A turma que desmentiu o presidente é a que ameaçou "pensar com carinho" em mais aumentos, em setembro, e 24h depois tascou 7,2%. A estatal se comporta como se fosse privatizada, afrontando inclusive o chefe de Estado que representa o acionista majoritário, que é o povo.

Média de mortes cai abaixo de 200

A média de mortes por covid no Brasil caiu abaixo de 200 pela terceira vez em cerca de um mês, mas, ao contrário das ocasiões anteriores, a situação atual não foi impulsionada por represamento em feriados prolongados. Segundo o Conass, a média está abaixo de 200 desde o sábado (4), fazendo o Brasil seguir na contramão de países europeus, que vivem a 4ª onda, e os EUA, que têm média acima de mil mortes. Queridinho da imprensa, Joe Biden acumula em seu governo 385 mil mortes, média de 1.200. A média de Trump, sem vacina, é de 1.300. No Brasil, onde não há essa "compreensão" da imprensa, o governo Bolsonaro acumula 975 mortes diárias por covid na pandemia.

O jogo é impedir

A Câmara não se meteu nas alterações profundas dos senadores na PEC dos Precatórios. Agora que a bola está com os deputados, os senadores querem impedir a Câmara de agir como achar que deve.

Noves fora, nada

O "boicote diplomático" dos EUA às Olimpíadas de Inverno, na China, é tão debilóide quanto Joe Biden, que o decidiu. Consiste em não gastar com passagens, diárias e hospedagem para diplomatas. Grande coisa.

Grande estilo

O presidente Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, assinam nesta terça (7), no Palácio do Planalto, contrato do leilão do 5G, tecnologia que tem tudo para revolucionar a vida das pessoas.

Quase parando

Durante o chamado "esforço concentrado", o Senado do presidente roda-presa Rodrigo Pacheco conseguiu votar 33 indicações de autoridades, algumas paradas desde o início de 2020.

Burrocracia

Comissão da Câmara aprovou projeto para obrigar que toda decisão administrativa do governo federal - portaria, por exemplo - seja "objeto de avaliação prévia dos impactos econômicos, sociais e ambientais".

Besteirol da vez

Espalha-se a fofoca de que Bolsonaro quer como vice o general Braga Netto, para o proteger de impeachment. Bobagem. Quem o protege é o presidente da Câmara. Bolsonaro precisa é de vice que lhe dê votos.

Frase

Ômicron pode ser um presente de Natal antecipado" - Futuro ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, sobre variante que infecta e não mata

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