Políticos rivais com fortes possibilidade de eleição, em outubro, deram uma surpreendente lição de entendimento, no Distrito Federal, que faltou por exemplo entre os partidos de terceira via, no plano nacional. Liberado pela Justiça para disputar o governo do DF, José Roberto Arruda abriu mão do projeto para apoiar a reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB) e fortalecer a candidatura ao Senado da ex-ministra Flávia Arruda, sua mulher.
O acordo foi estimulado pelo presidente Jair Bolsonaro. O papel de Bolsonaro foi importante porque os personagens pertencem ao mesmo campo político, cuja divisão favorecia apenas os adversários. A ex-ministra Damares Alves também foi fundamental no entendimento ao desistir da candidatura a senadora para tentar ser deputada federal.
Líder absoluto nas pesquisas, Ibaneis é o favorito, mas uma eventual candidatura Arruda poderia atrapalhar muito a sua caminhada. Bolsonaro e Ibaneis se revelaram muito impressionados com o altruísmo de Arruda, até mesmo diante da carreira ascendente da deputada Flávia.
Gilmar quer garantir contrapartida
A tentativa de solução do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Gilmar Mendes, não passará pela concessão de liminar suspendendo a validade das emendas em vigor, porque já promulgadas, ou de legislação ordinária, decididas no Congresso. O que se busca é uma solução que compense os Estados e Municípios das perdas de receita de ICMS que podem afetar os serviços públicos, explicou o ministro a esta coluna. A comissão e nem o ministro Gilmar cogitam alterar a legislação que derrubou os preços dos combustíveis em todo o País. A comissão negocia, sob chancela do STF, contrapartidas que evitem a paralisia de programas sociais e serviços de saúde, educação etc. O desconto no endividamento dos Estados ou a simples transferência da receita cancelada de ICMS estão entre as ações avaliadas na comissão.
Vergonha
No Brasil, mulher bem-sucedida em política é ofensa pessoal. Enquanto o Xerife do STF vigia bolsonaristas, em Brasília a ex-ministra Flávia Arruda (PL-DF) é vítima de insultos em uma campanha sórdida, à base de fake news, sem que autoridades ou ONGs feministas a defendam.
Pecado
Chega a ser engraçado observar o esforço do noticiário para transformar em notícia negativa a redução no preço da gasolina, anunciada nesta terça (19) pela Petrobras. Deveriam se recusar a pagar o preço reduzido.
Quem precisa
O presidente da Câmara, Arthur Lira, defendeu a PEC dos benefícios, com uma boa pergunta: "Não fazer
esforço no pior momento da pior crise por um curto espaço de tempo por aqueles que mais precisam?".
Consumidor
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio da gasolina caiu R$ 1,32 (18%) nas últimas
semanas, em todo o País. O litro custava R$ 7,39 em junho, e despencou para R$ 6,07, entre 10 e 16 de
julho.
Tempos
O presidente apontar o que foi apurado em inquérito da Polícia Federal se transformou em "ataque às urnas" nas manchetes. Com ou sem mérito, em outros tempos a acusação resultaria em investigação.
Personagem
Desde o fim do semestre de trabalho no Congresso, os embates de Bolsonaro com a oposição perderam os holofotes da imprensa e das redes sociais. Já os embates do presidente com o Judiciário...
Frase
"Petrobras baixou o preço da gasolina! Finalmente!". Deputado Marco Feliciano (PL-SP) celebra a
redução do preço nas refinarias da estatal
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