COLUNA DE CLÁUDIO HUMBERTO

Abin informa a PGR que não há ‘violência’ à vista

Confira os destaques da coluna

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 06/09/2022 às 6:00
NELSON JR/STF
Fachin tem reagido diante das declarações do presidente Bolsonaro com investidas sobre o sistema eleitoral - FOTO: NELSON JR/STF
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Ao contrário das alegações do ministro do STF Edson Fachin, ao suspender três decretos do presidente Jair Bolsonaro que regulamentam o uso armas segundo o referendo de 2005, não há neste momento qualquer indício de supostos “atos de violência” previstos para Sete de Setembro ou 2 de outubro, dia da eleição. A informação foi levada nesta segunda (5) pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, durante reunião de trabalho. Augusto Aras estava preocupado com referencias de autoridades do Judiciário sobre supostos “riscos de violência política”. Sem citar casos concretos, Fachin citou “urgência” em razão da eleição que, para ele, “exaspera o risco de violência política”. Fachin já mencionou seu temor de que ocorram no Brasil fatos semelhantes à invasão do Capitólio por ativistas republicanos, nos EUA. Aqui, invasões são comuns. De grevistas a indígenas, grupos invadem o Congresso há anos e jamais foram acusados de “atos antidemocráticos”.

Partido de 3 mil filiados leva R$3 milhões do fundão

O fundão eleitoral distribui parte dos R$4,9 bilhões igualmente entre todos os partidos, independentemente se elegeram algum parlamentar ou mesmo se participaram das últimas eleições. O caso do partido de extrema-esquerda Unidade Popular (UP) é emblemático porque faturou R$3,1 milhões do fundão. É como se cada filiado valesse quase R$1 mil. O MDB, partido mais antigo, que tem 37 deputados e 13 senadores, é o partido com mais filiados (2,1 milhões), recebeu R$169 por cada membro. Maiores bancadas na Câmara, PL, PP e PT receberam R$372, R$258 e R$306 para cada filiado, respectivamente. Certamente têm inveja do UP. O comando dessa bolada milionária é do presidente nacional do UP, Leonardo Péricles, candidato do partido a presidente da República. O UP tem como sede um apartamento na Asa Norte, em Brasília, e os contatos são número de celular de Belo Horizonte ou email do Gmail.

O Estado sou eu

A suspensão do piso dos enfermeiros e dos decretos sobre armas, mais uma vez, mostram que é do STF a sanção que vale para uma lei entrar em vigor. Seus ministros têm mais poder que os chefes dos Poderes.

Nada a ver

O autor do pedido de vista do caso das armas no STF, Nunes Marques, foi citado como “indicado por Bolsonaro”, como forma de desqualificar a decisão do ministro. Algo tão injusto como seria atribuir a liminar de Fachin ao fato de ter sido indicado no governo do PT, que fez o pedido.

Alvo certeiro

Segundo o senador Eduardo Girão (Pode-CE) relatou a esta coluna, há senadores que operam como uma PGR paralela. “Subversão completa da lei. Estão dando um ‘bypass’ (desvio) num organismo importante”.

Ruim para uns

A decisão do TSE de proibir publicidade do governo que promoveria descontos e condições especiais como uma espécie de Black Friday em setembro, talvez tenha chamado mais atenção que a própria campanha.

Bom para o Brasil

A Semana Brasil é promovida pelo governo Bolsonaro em setembro desde 2019. Quase 5 mil empresas se uniram para realizar uma semana promocional num dos poucos meses que não tem data comercial.

Conveniência é tudo

Tal como incêndios florestais aqui são culpa do governo e no exterior são “culpa do aquecimento global”, o apoio de Bolsonaro a Mauricio Macri foi visto como “interferência na soberania” da Argentina. Já o apoio de presidentes estrangeiros a Lula é tido como “defesa da democracia”.

Caminho certo

O deputado General Peternelli (UB-SP) destacou a redução no déficit de contas públicas a menos da metade de 2019: “Nós estamos aos poucos diminuindo a diferença do que se arrecada para o que se gasta”.

Abandonado

Dois anos após anunciar devolução do aeroporto de Natal ao governo, a Inframerica vem operando o terminal com pior desempenho do País. Segundo a AirHelp, um a cada 4 voos atrasou ou foi cancelado em julho.

Pensando bem...


...quem tem boca vai a Roma, mas é melhor não passar perto de Brasília.

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