COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO

STF comanda a política até em tempo de eleição

Confira os destaques da coluna

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 19/09/2022 às 6:00
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PRAZO Julgamento no plenário virtual sobre o piso da enfermagem termina nesta sexta; placar está em 7x3 - FOTO: NE10
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O eixo do poder político cancelou o equilíbrio, simbolizado pela Praça dos Três Poderes, e se instalou no Supremo Tribunal Federal (STF). Em pleno período eleitoral, quase não se fala em políticos, parlamentares e governantes, estes sim, legitimados pelo voto. O STF é o dono da pauta, com decisões escolhidas para ocupar as manchetes e reiterar o poder de mando e até decidir a exceção. O STF “sanciona” leis ou as suspende, altera políticas públicas e suprime direitos constitucionais dos cidadãos. Com sua elite dependurada em inquéritos nunca julgados, o Congresso silencia, até avaliza, decisões que neutralizam suas prerrogativas. O chefe do Executivo reclama, mas está imobilizado pela “espada de Dâmocles” do STF, por meio de uma avalanche de ações e inquéritos. A cada interferência, o STF cristaliza algo que a Constituição não prevê: sua supremacia em relação aos outros poderes. Preguiça das elites pensantes acaba “legitimando” superpoderes do STF e o abandono, pela imprensa, do dever do senso crítico, não previstos.

São Paulo é que vai definir eleição presidencial

A duas semanas das eleições, o ex-presidente Lula lidera com 42,4% e 35,3% do presidente Jair Bolsonaro, segundo a média semanal de pesquisas calculada pela Potencial Inteligência para o Diário do Poder. A média mostra cenários consolidados no Nordeste a favor de Lula e Sul e Centro-Oeste com Bolsonaro, além do empate técnico no Norte, mas revela que a gangorra do Sudeste, mais especificamente em São Paulo, é o que realmente deve definir a eleição presidencial até o dia 2. Segundo o especialista Zeca Martins, a liderança nas intenções de voto em São Paulo tem se alternado entre o petista e o presidente. “Há semana que Lula está na frente com vantagem significativa, outra com menor e outras que Jair Bolsonaro aparece liderando”, diz Martins. A Potencial Inteligência considera pesquisas estaduais em todas as unidades da federação. São 37 mil entrevistas em mais de mil cidades.

São uns artistas

Somente este ano, até julho, os partidos políticos receberam mais de R$51,2 milhões referentes a “multas” que eles próprios pagaram com o nosso dinheiro. O campeão é o União Brasil, que já levou R$8,3 milhões.

Só em último caso

Pesquisa Modalmais/Futura (BR-00745/2022) mostrou que Lula é o único que tem mais votos na espontânea (38,6%) que na estimulada (36,9%). Na prática, quando o eleitor tem outras opções, muda de ideia.

Sem nem corar

Uma consultoria de investimentos cascateira afirmou que o Brasil é o segundo pior país do mundo para aposentar. Bom mesmo deve ser aposentar na Venezuela, Haiti, Botsuana, Congo, quem sabe Cuba.

Partido alto

A frequência das decisões da Justiça Eleitoral contra Jair Bolsonaro (PL) dá sentido à afirmação de fonte do Planalto a esta coluna, meses atrás, de que os maiores adversários do governo estão ali e não na oposição.

Nada a ver

O Tribunal de Contas da União (TCU), que não é do Judiciário e sim órgão de assessoramento do Congresso para acompanhar as contas públicas, vai “auditar” 4.161 urnas no primeiro turno das eleições.

Pode surpreender

A economista Valníria Ferrari prevê nova deflação nos próximos meses devido a efeitos ainda não vistos na cadeia produtiva. “Haverá redução de preços no setor de alimentos, serviços e inclusive no industrial”, diz.

Nem um pio

Uma semana depois de liberar oito viagens por mês e classe executiva em voos internacionais até para chefe de gabinete, o Tribunal Superior Eleitoral não se sente na obrigação de explicar essa regalia.

Causa séria

O Congresso está amarelo, este mês, para chamar atenção para o suicídio, responsável por quase 760 mil mortes no mundo, em 2019 (Our World in Data), quase o dobro dos homicídios (415 mil).

Pensando bem...

...no dia 2, uma atração à parte serão as explicações dos responsáveis pelas pesquisas mais erradas. Ou mais manipuladas.

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