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Eleições 2022: o juiz apareceu mais que os jogadores

A predominância do noticiário sobre decisões judiciais demonstra como nunca se viu, na História, um TSE tão incansável de manchetes.

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 30/10/2022 às 5:00
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Piso salarial da enfermagem está sendo analisado no plenário virtual do STF desde sexta (9) - FOTO: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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A campanha eleitoral de 2022 entra para a História como aquela disputa em que, como no futebol, juiz apareceu mais que os craques em campo. E da pior maneira, marcando pênaltis inexistentes, ignorando outros claríssimos, expulsando jogadores, silenciando torcedores e até mudando regras com o jogo em andamento. Como acabar a tradicional “lei do impedimento” quando a final da Copa já estivesse sendo jogada.

Corte aos holofotes

A predominância do noticiário sobre decisões judiciais demonstra como nunca se viu, na História, um TSE tão incansável de manchetes.

Disputa no tapetão

Os partidos perceberam que o TSE estava pintado para a guerra e por isso investiram mais em advogados em 2022 do que nunca.

Caminho das pedras

A proibição das imagens de multidões no 7 de Setembro e de chamar ladrão de ladrão, por exemplo, foi mais útil ao PT que sua campanha.

Vítima paga a conta

Não por acaso, os advogados consumiram R$185 milhões do Fundão Eleitoral para obter decisões judiciais tão inacreditáveis quanto decisivas.

Pesquisas: três apontam virada, três cravam Lula

A polarização política está tão escancarada nas eleições deste ano que até as pesquisas eleitorais presidenciais divulgadas até sexta-feira (28) estão divididas em relação a quem será o vencedor. Levantamentos de institutos como Futura, Gerp e Veritá apostam na vitória apertada do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Já Datafolha, Ipec e Ipespe continuam a apostar numa vitória folgada do candidato petista Lula.

Difícil prever

O Paraná Pesquisas, instituto que mais se aproximou do resultado correto no primeiro turno, aponta empate técnico entre os candidatos.

Faltou precisão

No 1º turno nenhum dos institutos acertou o placar. Ibope e Datafolha chutaram vitória em primeiro turno de Lula, outros previam Bolsonaro.

Outro chute

O Ibope, que mudou de nome para Ipec após uma série de previsões erradas em 2018, também aposta em vitória folgada de Lula.

Disputa na rejeição

Levantamento Modal/Futura divulgado na sexta (28), o maior medo ou preocupação da população do Estado do Rio de Janeiro é “a volta do PT”: 49,1%. A continuação do atual governo Bolsonaro tem 39,6%.

Mãos limpas

O ex-governador de Alagoas Teotônio Viela (PSDB) reagiu aos ataques de Paulo Dantas (MDB) lembrando que, ao contrário do atual governador acusado de corrupção, deixou a política como entrou, “de mãos limpas”.

Justiça isenta

Habituado a publicar mensagens nada sutis nas redes sociais e sem medo de ser chamado de ativista, o ministro do STF Luís Barroso deu a dica do samba “Já vai tarde” dois dias antes da eleição.

Não tem outro nome

Nota técnica do Instituto Liberal lista os pontos que confirmam censura prévia imposta pelo TSE sobre documentário. “É tão explícita que os ministros se referem claramente à excepcionalidade da medida”, diz.

Já o Messi...

Neymar nem precisou ser inocentado. A Justiça retirou as acusações e jogou a mentira no lixo. Bem ao contrário de Messi, condenado a 21 meses de prisão (transformada em multa), em 2017, por fraude fiscal.

Acertou onde não mirou

Novo dono do Twitter, Elon Musk foi atacado até ao dizer que “comédia agora é legal no Twitter”. Deveria valer no Brasil, com programas de humor silenciados pelos censores que se prestam a fazer “moderação”.

Tendência de baixa

O preço dos combustíveis diminuiu o ritmo de queda, mas segue em tendência de redução, inclusive para o diesel. Segundo a TicketLog, a poucos dias do final do mês, o preço médio caiu 2,28% para R$6,97.

Alívio no aluguel

IGP-M, índice divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e usado para reajustar aluguéis teve retração de -0,97% em outubro, depois de -0,95% em setembro. Em 12 meses, a retração do índice foi de 70%.

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