CLÁUDIO HUMBERTO

Ministeriáveis refletem um PT que não se renova

Confira os destaques da coluna

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 01/11/2022 às 6:00
RICARDO STUCKERT
30.10.2022 - Luiz Inácio Lula da Silva, da Coligação Brasil da Esperança, é eleito Presidente do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert - FOTO: RICARDO STUCKERT
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As primeiras listas de ministeriáveis do futuro governo mostram que o PT tem dificuldade de renovar suas lideranças. O partido envelheceu com Lula, que já nas celebrações da vitória, domingo (30), apareceu na companhia inquietante de velhos conhecidos da crônica policial, como José Guimarães (CE), o irmão do ex-deputado José Genoino cujo assessor foi preso pela Polícia Federal com dólares na cueca. Se forem confirmados, há uma grande chance de vermos mais do mesmo. Gleisi Hoffmann e velhos petistas como Aloizio Mercadante disputam a Casa Civil, que no segundo governo Lula nem tinha acesso ao Planalto. O tucano Aloysio Nunes está em campanha para voltar ao Itamaraty, mas terá de enfrentar o favoritismo da embaixadora Maria Luiza Viotti. Henrique Meirelles faz de tudo para voltar a ser ministro ou à presidência do Banco Central. Disputa com os tucanos Persio Arida e Armínio Fraga. Derrotado, Fernando Haddad se vê titular do MEC. Mas Paulo Câmara, mal avaliado governador de Pernambuco, tem a promessa de Lula.

Lula tem menos votos no 2º turno em 4 estados

O desempenho do presidente eleito Lula em quatro Estados fez o seu vice Geraldo Alckmin virar motivo de piada dentro do PT. O número de votos recebidos pelo petista entre o 1º e o 2º turno das eleições caiu no Acre, Amapá, Amazonas e Roraima, e a “culpa” recaiu sobre Alckmin, até então único político a experimentar essa situação em uma eleição presidencial, justamente quando disputou o Planalto contra Lula. Como são Estados pouco populosos, não houve grande impacto no resultado, mas foram 31.245 votos a menos para o petista. Em 2006, candidato do PSDB, Alckmin perdeu 2,4 milhões de votos ao cair de 39,9 milhões no 1º turno para 37,5 milhões no 2º turno. No geral, Lula teve 3 milhões de votos a mais, enquanto o presidente Bolsonaro cresceu mais que o dobro e teve 7 milhões de votos a mais.

Bateram nossa carteira

O “fundão” eleitoral foi aprovado no Congresso com valor de R$4.961.519.777. Partidos torraram, segundo o TSE, exatos R$4.973.121.222, incluindo as “doações” de pessoas físicas.

Centrão na parada

Derrotada, a senadora Kátia Abreu está cavando o cargo de ministra da Agricultura, mas Lula parece preferir outro ex-ministro, Blairo Maggi. E surgiram nomes do principal partido do centrão, os deputados Silvana Covatti e Covatti Filho, mãe e filho, ambos filiados ao PP-PR.

O crime compensa

O cientista político Paulo Kramer fez uma análise simples e direta sobre o resultado da eleição presidencial de domingo em tom de desabafo. “Metade do eleitorado reafirmou que o crime compensa”, lamentou.

Canoa furada

“Especialistas” dão certeza de que Lula considera o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para ministro do STF. Isso pode explicar o comportamento de um, mas não a preferência do outro.

Segunda etapa

O deputado José Medeiros (PL-MT) denunciou os próximos passos da esquerda depois de ouvir “de um petista” que a meta do partido agora é “prender o presidente Jair Bolsonaro e torna-lo inelegível”.

Desproporcional

Até o fim do 2º turno, o Tribunal Superior Eleitoral registrou 2.969 pesquisas. A maior parte (1.191) para presidente. A disputa estadual mais avaliada foi a de São Paulo, onde 161 pesquisas foram realizadas.

Já o Messi...

Neymar nem precisou ser inocentado. A Justiça retirou as acusações e jogou a mentira no lixo. Bem ao contrário de Messi, condenado em 2017, por fraude, fiscal a 21 meses de prisão, pena transformada multa.

Hoje é Israel

Enquanto Brasil teve eleição mais acirrada da sua história democrática, Israel tenta nesta terça (1), pela quinta vez em quatro anos, eleger seu premiê. Cenário atual dá possibilidade de volta de Benjamin Netanyahu.

Pensando bem...

...mais parece que o Brasil elegeu o sindicalista de 1989 e não o paz e amor de 2002.

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