Grupo de deputados e senadores com mandato e outros recém-eleitos articula aprovação de projeto que torna abuso de autoridade o bloqueio ou a suspensão de páginas e perfis de parlamentares nas redes sociais. Um dos líderes do grupo e autor do projeto, José Medeiros (PL-MT) teve seu perfil bloqueado e lembra que os parlamentares são invioláveis, segundo a Constituição, por "quaisquer opiniões, palavras e votos".
O próprio STF já arquivou tentativa de bloqueio com a justificativa de que as redes sociais estão sim cobertas pela imunidade parlamentar. Decisão de estender imunidade foi de Celso de Mello em ação do Psol contra Carla Zambelli, que hoje também tem suas redes bloqueadas.
A reação de parlamentares é contra ministros do STF que ultrapassam "flagrantemente a linha do rigor e agem fora do texto constitucional". O texto prevê pena de prisão de 1 a 4 anos, mais multa, para quem "determinar a remoção injustificada de publicação, página ou perfil".
J&F sofre nova derrota na briga contra a Paper
Os irmãos Batista sofreram mais uma derrota na disputa com a Paper Excellence pelo controle da Eldorado Celulose: foi arquivado o inquérito que corria em Diadema (SP) no qual acusavam executivos da Paper de "espionagem". O Ministério Público e a Juíza da Vara Criminal apontaram irregularidades na produção da perícia, como a quebra da cadeia de custódia durante a perícia de equipamentos apreendidos de hackers.
Representantes dos irmãos Batista foram acusados até de acompanhar procedimentos da investigação, o que é proibido por lei. O grupo dos Batista objetiva anular a arbitragem que deu ganho de causa a Paper Excellence, atacando e tentando desqualificar o árbitro. Antes, havia sido arquivado outro inquérito com as mesmas acusações, orquestrado por representantes da J&F em uma delegacia de São Paulo.
Me engana que eu gosto
Mesmo há décadas sem pegar no pesado dentro de uma fábrica e vivendo na mordomia graças à política, a ficha de identificação que Lula entregou ao TSE traz "torneiro mecânico" como ocupação.
Ex-presidiários
Condenado a séculos de prisão por roubar os cofres públicos, Sérgio Cabral, aliado de Lula, o presidente eleito, teve sua prisão revogada na Justiça. Talvez consiga descolar uma vaga no governo do velho amigo.
Dinheiro nosso
Desfilou em um caminhão-cegonha, nas ruas de Brasília, parte da frota de veículos de luxo da Eletronorte, sobretudo SUVs. O preço assusta, mas não constrange a estatal: cada um custa a partir de R$250 mil.
Anota aí
"O direito de ir e vir é sagrado", disse o vice-presidente eleito e ex-tucano Geraldo Alckmin (PSB) ao caracterizar como "grave" o desrespeito a esse direito. Vai precisar repetir isso quando a manifestação for do MST.
Boquinha dificultada
Derrotado para o governo estadual e sem mandato a partir de 2023, o deputado Danilo Cabral (PSB-PE), cava boquinha no governo Lula. Mas os petistas não esquecem que ele votou "sim" no impeachment de Dilma.
Serviço eleitor
Um número cada vez maior de pessoas mostra que não têm medo da cara feia do TSE. Felipe Gimenez, procurador do Estado de Mato Grosso do Sul, disse à rádio Hora, de Campo Grande, que Lula foi escolhido pelo que chama de "serviço eleitoral", os ministros do STF e do TSE.
Engajamento
Jornalistas brasileiros continuam muito bonzinhos com Joe Biden. Ele perdeu a Câmara e ainda pode perder o Senado, mas foi Donald Trump "o grande derrotado", para os coleguinhas, na eleição norte-americana.
Prazo corre
Candidatos que concorreram no segundo turno este ano têm até o dia 19 para prestar contas à Justiça Eleitoral, que tem até o dia 15 de dezembro para julgar as contas dos candidatos eleitos.
Pensando bem...
...a picanha virou metáfora pelo bem do meio ambiente porque se virasse churrasco ia provocar emissão de gases do efeito estufa.
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