HABILIDADE POLÍTICA

Kassab mantém PSD ganhando espaço entre Lula e o bolsonarista Tarcísio

Kassab garantiu seu lugar na "janela da frente do ônibus" de Tarcísio graças a ajuda de dois amigos e correligionários

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 01/12/2022 às 7:00
ALAN SANTOS/PR
Kassab firmou parceria com o PT em Minas e já disse que, em um eventual 2º turno, apoiaria Lula contra Bolsonaro - FOTO: ALAN SANTOS/PR
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Fundador e presidente do PSD, o ex-ministro Gilberto Kassab exercita a especialidade de manter um pé na canoa governo Lula e outro no futuro governo de Tarcísio de Freitas (Rep). Politicamente muito hábil, Kassab tem diálogo fácil com o presidente eleito e só não será chefe da Casa Civil do bolsonarista Tarcísio se não quiser. Kassab garantiu seu lugar na “janela da frente do ônibus” de Tarcísio graças a ajuda de dois amigos e correligionários: Guilherme Afif e Felicio Ramuth, futuro vice-governador.

Emplacou

O ex-prefeito já emplacou na Secretaria de Comunicação o ex-assessor Marcus Vinícius Sinval, atual secretário da prefeitura paulistana.

Controle total

Kassab deve ficar com a caneta de nomeações para negociar apoios a Tarcísio, em tabelinha com Afif. Eles conhecem bem a política paulista.

Labirinto político

O governador eleito orientou escolhas técnicas para seu governo, mas o desafio é não ser engolido pela esperteza política.

Troca de bastão

Gilberto Kassab deve assumir no futuro governo paulista o protagonismo que na campanha foi exercido pelo experiente Guilherme Afif.

Troca de deputados cria até ‘comércio paralelo’

A disputa dos novos deputados federais pelos apartamentos funcionais em Brasília criou uma espécie de comércio paralelo nos últimos meses do ano. A demanda é tão grande que os atuais deputados, derrotados nas últimas eleições, que estão de partida, podem até cobrar “pedágio” para ceder o ambicionado apartamento funcional. A troca é simples: o ocupante cede o imóvel antes dos três meses regulamentares, desde que o novo inquilino tope pagar pelo mobiliário no qual investiram.

Business

Deputados novatos conseguem moradia mais cedo e os derrotados na eleição levantam verbas para pagar, inclusive, as dívidas de campanha.

Disputa silenciosa

Imóveis funcionais bem localizados e conservados, alguns repaginados por decoradores, são uma das disputas silenciosas do poder, na cidade.

Mais que feudo

Na Câmara, por exemplo, são 432 imóveis. Cabe ao poderoso 4º Secretário da Mesa Diretora, a prerrogativa por administrar os imóveis.

Eles estão de volta

A invasão de antigos lobistas a Brasília, muitas deles com passagens pela política, fazem a festa de bares e restaurantes da cidade, agora lotados. Andavam sumidos desde a posse de Bolsonaro no Planalto.

Opções abertas

Com o apoio da esquerda à reeleição do presidente da Câmara, Arthur Lira, ganham força os ex-ministros e senadores eleitos Tereza Cristina (MS) e Rogério Marinho (PL) para presidir o Senado em 2023. O PL elegeu a maior bancada e, pela tradição, deve presidir o Senado.

Mau presságio

A Comissão de Orçamento aprovou verba extra de R$380 milhões para a Petrobras por aditivo a contrato do gasoduto Rota 3, que escoará gás do pré-sal de Santos. Em tempos de “novo governo”, nunca se sabe.

Censura vergonhosa

Após reativar de 50 mil contas banidas no Twitter, nenhuma delas de esquerdistas, Elon Musk promete abrir os arquivos da censura. Tomara que inclua o vergonhoso histórico da censura da rede social no Brasil.

Agora vai?

Virou notícia no ex-relevante LeMonde Diplomatique visitas do editor do Wikileaks a líderes latinos e Lula para pedir apoio no caso de extradição de Julian Assange, preso no Reino Unido... com apoio dos EUA.

Atitude responsável

O líder republicano, partido que comandará o Senado dos EUA em 2023, avisou que estão com os dias contados “gastos irresponsáveis” de Joe Biden. No Brasil, a irresponsabilidade está definida. Falta acertar o valor.

Ataque de nervos

Questionado durante um voo, ontem, sobre sua omissão no apoio à CPI da Toga, o deputado Fabio Trad (PSD-MS) ficou nervoso e saiu pela tangente atacando o presidente da República, que chamou de “ladrão”.

Olha a diferença

O total estimado de gastos do Catar com a Copa do Mundo é de US$300 bilhões, cerca de R$1,55 trilhão. O custo estimado da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, de R$38 bilhões, equivale a 2,4% dos gastos cataris.

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