O flerte do presidente do União Brasil, Luciano Bivar, com o PT irritou alas do União Brasil. Parte considerável da sigla, que encorpou surfando na onda bolsonarista, quer a oposição ao governo Lula, sobretudo lideranças remanescentes do DEM. Sem alardes, Bivar fez contatos com a presidente do PT, Gleisi Hoffman, na expectativa uma aliança para presidir a Câmara. Não deu certo e Bivar se queimou no partido.
DNA
Lula mandou recados ao partido para compor a base. Na sigla, a ordem é “não perder o rumo”, já que nasceu da fusão dos direitistas PSL e DEM
Não deu
O PT não quis confrontar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Bivar ouviu dos petistas que fechariam pela recondução do pepista.
Plano B
Foi após o não do PT que Bivar correu para declarar apoio a Lira. Tudo para manter boquinhas na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
Meu umbigo
No União Brasil, a reclamação é que Bivar só tem pensado em si. Agora, articula para se manter como primeiro secretário da Câmara.
MDB vira partido em perigo de extinção no Senado
O MDB dominava o Senado desde a redemocratização, era considerado o partido mais poderoso e influente, o partido da “governança”. Mas após presidências ruins, cedeu espaço a uma figura menor, Davi Alcolumbre (União-AC) e nunca mais acertou o passo. Com apenas dez senadores, o MDB será, no melhor cenário, a terceira maior bancada em 2023, no pior resultado para o partido que foi o maior parceiro de governos do PT.
Sem perspectiva
O maior problema do MDB é que o partido elegeu apenas um novo senador este ano. Os outros já estão no meio do mandato.
Menor na Casa
Durante os governos Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma, o MDB/PMDB dominou o Senado. A partir de 2023 nunca estará tão fraco na Casa.
Fundamental
O Senado é responsável, entre outras atribuições, por referendar as indicações para embaixadas, agências reguladoras e tribunais.
Regresso à EPE
Cotado para Minas e Energia, Maurício Tomalsquim tem dito a amigos que não gostaria de sair do Rio de Janeiro. Ficará feliz reassumindo a presidência da estatal Empresa de Planejamento de Energia (EPE).
Escanteio
O rejeitado governador de Pernambuco, Paulo Câmara, vê cada dia mais de longe uma vaga de ministro. Até no seu PSB a conversa é que o socialista deve levar uma cadeira no segundo escalão do governo Lula.
Eficiência punida
O valor de uma ação do Banco do Brasil, que custava R$45 antes da eleição de Lula, patina em torno dos R$35. Apesar de ser um banco cuja eficiência e lucratividade fizeram os bancões privados comerem poeira.
Fritura
A inimiga da vez entre petistas é a senadora Simone Tebet (MDB-MS), cogitada para o ministério da Cidadania. A pasta está na cota ministerial que o PT faz questão de comandar. Mas manda quem foi eleito.
Mamata
O plano da presidente de Honduras, Xiomara Castro, de retomar os financiamentos de R$270 milhões com o BNDES irritou a deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP) que diz que “a torneira fechou”. Xiomara sonha com a retomada da velha picaretagem envolvendo a ex-Odebrecht.
Burburinho
Não se justifica o “auê” promovido pela imprensa com a aposentadoria de Jair Bolsonaro, anunciada nesta sexta (2) pela Câmara. Como militar e político, são mais de 40 anos trabalhados e 67 de idade.
Esforço existe
O número de doses de vacinas contra a covid aplicadas em todo o mundo está no menor nível desde o início da pandemia. Ainda assim, mais de duas milhões de vacinas são aplicadas diariamente.
Socialismo ‘democrático’
Protestos contra o governo na China têm desfechos bem diferentes daqueles no Brasil contra o presidente Bolsonaro, ou até mesmo contra a eleição, ou o STF. Lá o xilindró é imediato e a liberdade, duvidosa.
Pensando bem...
...enquanto a Cpoa distrai o País, a Câmara aprova o lobby indecoroso, o Senado ameaça com PEC da Mordaça e a Transição é tocada por velhos conhecidos da polícia.
PODER SEM PUDOR
Fura-fila safado
O ex-deputado Paulo Heslander (PTB-MG) enfrentava certa vez uma enorme fila de embarque no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, quando um passageiro bem-vestido, atrás dele, foi solicitado a fazer o “check-in” antes de todos. Uma passageira reagiu indignada: “Veja só que safado. Vai ver, é deputado.” Heslander se voltou para a mulher e rebateu: “Desculpe, minha senhora. Safado ele pode ser, mas deputado não é. Deputado sou eu e estou na fila, como todo mundo.”
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