NA CÃMARA DOS DEPUTADOS

Relator da PEC fura-teto pode deixar relatoria

Insatisfeito com a negativa, Elmar ameaçou deixar o posto e até a fazer mudanças que atrasariam o texto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 16/12/2022 às 7:00
ELAINE MENKE/CÂMARA DO DEPUTADOS
Câmara dos Deputados irá votar a PEC fura-teto - FOTO: ELAINE MENKE/CÂMARA DO DEPUTADOS

O embate entre MDB e o União Brasil por fatias do futuro ministério teve direito a ameaça de Elmar Nascimento (União-BA) de abandonar a relatoria da PEC Fura-teto na Câmara. O deputado esperava ser ministro de Minas e Energia, indicado pelo seu próprio partido. O voo do parlamentar foi encurtado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que avisou que Lula teria outros planos: entregar a pasta ao MDB.

Só no Natal

Insatisfeito com a negativa, Elmar ameaçou deixar o posto e até a fazer mudanças que atrasariam o texto, já chamado de “PEC-Peru”.

Amigos do rei

Renan Calheiros (MDB-AL) pleiteia uma vaguinha no ministério para o filho Renan Filho (MDB-AL), senador eleito.

Queda de braço

O clã Calheiros é adversário do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está com a faca e o queijo na mão para aprovar a PEC.

Cobertor curto

Até no MDB a “cota Renan” é indigesta. A ala da Câmara quer uma vaga e já teve que engolir Simone Tebet (MS). A sigla deve ter só duas vagas.

Girão lança candidatura e divide voto bolsonarista

A candidatura de Eduardo Girão (Podemos-CE) a presidente do Senado, confirmada nesta quinta (15), foi recebida com estranhamento pelos demais senadores que apoiam o atual governo. É que a aposta do PL e dos bolsonaristas é a candidatura do ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), o preferido do Planalto. Com sua candidatura, Girão divide os votos e favorece e a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Dividiu, dançou

Está na união a chance de vitória do campo bolsonarista, segundo avaliam políticos mais experientes.

Aposta na união

O PL elegeu a maior bancada do Senado e tem chance objetiva na disputa pela presidência da Casa, mas terá de unir todas as forças.

Mostrando serviço

Para viabilizar a reeleição, Pacheco se aproximou de Lula, a quem prometeu muito. Começou entregando a aprovação da PEC Fura-Teto.

O começo do fim

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), senador eleito pelo Rio Grande do Sul, acha que o projeto escancarando de novo as estatais a políticos e à corrupção “fere de morte o ingresso do Brasil na OCDE”.

Moro na torcida

Para o senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR), se de fato o Senado não votar a mutilação da Lei das Estatais, “será uma vitória da cidadania e uma decisão acertada dos senadores”.

Assalto combinado

Durante visita que recebeu do boquirroto presidente Alberto Fernández, Lula prometeu R$3,7 bilhões do BNDES para bancar um gasoduto na Argentina. O BNDES negou. É que a ordem só chegará após o dia 1º.

Prioridade

Antes de encontro com líderes africanos, o governo de Joe Biden (EUA) anunciou a intenção de doar US$55 bilhões para a África. O valor representa cerca de 20% do que já os EUA já enviaram para a Ucrânia.

Tomando de assalto

O PT de Gleisi Hoffmann avisou que vai entregar neste fim da semana a Lula uma “lista de indicados” para o ministério do futuro governo. É o golpe final. Outros partidos, como o PSB, preparam suas próprias listas.

Vale tudo

Cortando um dobrado para aprovar a PEC Fura-teto, o deputado José Guimarães (PT-CE) apela até para adversários. Diz que a aprovação da PEC “desafoga as contas do governo Bolsonaro”.

Cominar com os russos

O deputado Cláudio Cajado (PP-BA) dá o diagnóstico do que está impedindo a PEC Fura-teto, que passou com facilidade no Senado, de avançar: faltou combinar com a Câmara.

Tô aqui

Perdendo forças após ser cotado para o Tesouro de Haddad, Felipe Salto, secretário da Fazenda de São Paulo, deu um jeito de elogiar Gabriel Galípolo e Bernardo Appy, escolhas do almejado chefe.

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