DF

Para afastar suspeitas de decisão abusiva, eleitores merecem explicações sobre ação contra Ibaneis Rocha

Mandado de busca contra o emedebista ocorre após mensagens reveladas e depoimentos prestados isentando o gestor afastado da acusação de "omissão"

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 21/01/2023 às 7:00
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi alvo de busca e apreensão - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O mandado de busca e apreensão em endereços do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), nesta sexta (20), precisa ser explicado aos cidadãos que o reelegeram no primeiro turno, em 2022, atestando a ampla aprovação do mandato inicial. Se houve forte motivo para a humilhação imposta ao governador, de consequências políticas devastadoras, isso deve ser apontado para afastar suspeitas de decisão injusta ou abusiva, porque Ibaneis vem colaborando com a investigação.

Omissão negada

O mandado de busca ocorre após mensagens reveladas e depoimentos prestados isentando o governador da acusação de “omissão”.

Monitoramento

Além de vários contatos com autoridades federais, naquele domingo (8) Ibaneis monitorava tudo por meio do ex-secretário interino de Segurança.

Clima ‘pacífico’?

O ex-secretário Fernando Oliveira ainda deve explicar áudio enviado a Ibaneis, minutos antes dos ataques, cravando que o clima era “pacifico”.

Depoimento voluntário

Ibaneis Rocha prestou depoimento voluntariamente, mostrou a troca de mensagens com autoridades e até ofereceu seu celular à investigação.

Poupado por tecnicalidade

Alvo de denúncia de um grupo de advogados petistas que o acusam de supostamente incentivar as invasões a prédios públicos em Brasília, no dia 8, o deputado eleito André Fernandes (PL-CE) foi poupado por decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Mas o ministro não discordou do mérito da ação que quer cassar Fernandes por crime de opinião, mas sim porque os autores não têm legitimidade para propor a ação contra o parlamentar eleito.

Veja a acusação

“Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos lá”, escreveu Fernandes.

Veja o absurdo

Para os petistas, a postagem de duas linhas é suficiente para cassar o deputado eleito com 229 mil votos. E que não esteve no ato.

Fica a dica

Na decisão o ministro dá a dica: só partidos, coligações e candidatos registrados na eleição podem pedir a cassação da expedição do diploma.

Não prospera

Projeto de federalização da Segurança Pública do DF, de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), não deve ter vida longa. Até mesmo tucanos, na Câmara e no Senado, acham ideia de jerico.

Reuniões a rodo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), celebrou os 38 encontros que realizou no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. “Essas ideias vão virar ação, vão virar transformação”, garantiu.

Outra homenagem

Não agradou os seguidores a tatuagem em homenagem a Alvaro Dias (Pode-PR), que Kajuru (Pode-GO) fez. Cobraram “homenagem” com voto contra reeleição de Pacheco (PSD-MG) para presidente do Senado.

Hemobrás é dele

Reeleito, o senador Humberto Costa (PT-PE) diz que jamais abriria mão do mandato para presidir a Hemobrás, estatal produtora de hemoderivados. Mas no Planalto prospera a certeza de que não o será se não quiser. Ou se preferir indicar alguém para ocupar o cargo.

Pedir é de graça

Governadores preparam um calhamaço de pedidos, três por estado, para entregar ao presidente Lula. O petista sinalizou que vai receber, mas não há muita expectativa quanto a atender aos pedidos.

Tema do momento

O deputado eleito Fernando Marangoni (União Brasil-SP) pode se destacar dedicando-se à questão tributária, na qual é expert. Deve fazer a diferença na Câmara, onde não há muitos especialistas no assunto.

Faz o L

Ex-presidente do Novo que apoiou PT e Lula na eleição, João Amoêdo parece estar arrependido: “se o presidente não descer do palanque” disse, “o objetivo [de unir e reconstruir o país] será apenas um slogan”.

Já deu

O conservador Kevin McCarthy, novo presidente da Câmara dos EUA, deu fim a votações remotas, após mais de dois anos de “trabalho virtual” na gestão do Partido Democrata. No Brasil, permanece.

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