Suspeitas

Para o PL, relato de Marcos Do Val sobre suposto grampo em Moraes tem cheiro de vingança

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, teria resistido em filiar o senador ao partido, como seria o desejo dele

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 03/02/2023 às 7:00
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcos do Val (Podemos) - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O confuso relato de Marcos do Val (Pode-ES) sobre o suposto grampo no ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, sepultou a filiação do senador para o PL. Três caciques da sigla, ouvidos pela coluna, confirmam que a filiação foi tratada, por iniciativa do próprio Do Val. Um senador do partido afirmou que Marcos do Val “se convidou”, mas houve resistência de Valdemar Costa Neto, dono do partido.

Filme queimado

Filmado aos abraços com Davi Alcolumbre (União-AP) na eleição de Pacheco à presidência do Senado, Do Val vê ação do PL na fritura.

Com a barriga

No Senado, ninguém crê que o relato de Do Val dê em algo. O Conselho de Ética, por exemplo, só deve ser instalado depois do Carnaval.

Pés pelas mãos

Até governistas avaliam mal o movimento de Do Val, falam em tentativa de lançar suspeição sobre Moraes, mas o plano só enrolou o senador.

Sem comentários

Apesar da gravidade da acusação, o ministro Alexandre de Moraes, procurado pela coluna, afirmou que não ia se manifestar.

Eram do DF apenas 90 dos 1.398 presos pelo dia 8

Dados oficiais indicam que eram residentes no Distrito Federal apenas 90 dos 1.398 presos pelo badernaço criminoso de último dia 8. Esses números confirmam a informação das autoridades locais de que eram “forasteiros” quase todos os vândalos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. Eles chegaram a Brasília no sábado, 7, em 150 ônibus, provenientes de vários Estados, e se misturaram àqueles que por quase 70 dias acamparam, sem incidentes, em frente do QG do Exército.

Forasteiros mentiram

O maior erro das polícias foi subestimar as intenções dos “forasteiros”, prometendo “protesto pacífico”. Mentiram. A intenção era tocar o terror.

Segurança ingênua

Mensagem de áudio do secretário interino de Segurança ao governador Ibaneis Rocha garantiu “protesto pacífico” minutos antes do vandalismo.

Brasília já viu de tudo

Os brasilienses assistem há décadas manifestações, inclusive violentas, com vandalismo e incêndio, promovidas por gente de esquerda e direita.

Ô louco, sô

Muita gente duvidou da sanidade de Marcos do Val (ES) quando o ouviu reclamando do salário e disse “ganhar muito mal”, mas passou a ter certeza após ele anunciar que renunciaria à vida de marajá de senador.

Terrorismo na bolsa

Após a carta de Lula lida na abertura do Ano Legislativo, em que volta a ameaçar o Teto de Gastos e a elogiar a PEC Fura Teto, o dólar subiu e a bolsa caiu, após um dia de resultados positivos.

Múmia paralítica

Rogério Marinho (PL-RN) apontou o ritmo preguiçoso da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) presidida por Davi Alcolumbre (União-AP): reuniu-se 6 vezes em 2022. Na Câmara, a CCJ se reuniu 61 vezes.

Perseguição a indígena

A esquerda “aparelhou” os índios, apropriando-se de suas causas, mas a única deputada indígena é a militar Silvia Waiãpi (PL-AP), de direita. O PT, é claro, já denunciou a presença incômoda ao conselho de ética.

Alívio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, avisou que vai continuar as tratativas para privatizar o Porto de Santos (SP) e prevê que, se tudo der certo, pode ser concluída ainda este ano.

Taí o problema

Curiosa pesquisa Pew Research aponta que 76% dos americanos acham que “jornalistas devem sempre tentar dar cobertura igual aos dois lados”. Mas, entre os jornalistas de lá, apenas 44% concordam com isso.

Parece Brasil

A marca de maionese Hellmann’s, a maior do mundo desse produto, anunciou que vai abandonar a África do Sul, membro dos BRICS, por conta da inflação descontrolada e os altos custos para negócios no país.

Sem palavras

Senador lulista, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) não confirmou os planos de Simone Tebet (Planejamento) para a reforma tributária no Congresso. “Precisamos ter ‘consertação’ (sic) sobre o rito”, tentou justificar.

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