A estratégia do presidente Lula para minar Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central inclui crítica pública, a base de deputados na Câmara e “ataques de dentro para fora”, revelou à coluna um assessor presidencial. No próximo mês, o petista deve indicar duas novas diretorias para o BC; Fiscalização, onde é esperado um nome técnico; e Política Monetária, que fará a ‘oposição’ a Campos Neto.
Estabilidade incômoda
Lula quer abreviar a estadia de Campos Neto, com mandato até 2024, como de Augusto Aras (PGR), remanescentes do governo Bolsonaro.
Porrete
Líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR) já disse que o partido deve pressionar contra a política econômica do BC e a política de juros.
Bombeiro queimado
Fernando Haddad (Fazenda), pouco prestigiado, virou o bombeiro na crise. Mas nem no BC há muita fé no sucesso do ministro.
Carne de pescoço
Campos Neto garante que fica até o fim do mandato. E não adianta promessas de recondução, ele já se posicionou contra a reeleição.
Lula agora compara Congresso e TCU a bandidos
O presidente Lula (PT) continua a criar problemas para o governo com suas declarações, que até agora não desceram do palanque eleitoral. Ao classificar a privatização da Eletrobras de “bandidagem”, ele também chama de bandidos os deputados e senadores que aprovaram a desestatização da empresa no Congresso, além de chamar de bandidos os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) que acompanharam e aprovaram o processo, durante o governo do ex-presidente Bolsonaro.
Base dividida
Horas depois da fala de Lula, deputados do Psol passaram a defender a reestatização da Eletrobras nas redes sociais. Petistas, nem tanto.
Metralhadora no pé
No Congresso, lulistas desconversaram sobre as ofensas do presidente contra os parlamentares. Na Bolsa, ações da Eletrobras despencaram.
Crime doloso
Lula chamou o processo de privatização de “maquiavélico”, que denota dolo por parte daqueles que chama de “bandidos”.
Ação
A Procuradoria da República do DF se moveu sobre a infestação de políticos no comando de empresas públicas, contrariando a Lei das Estatais. Informou à coluna que oficiou Petrobras, BNDES e Itaipu.
Podemos aderir
A bancada do Podemos no Senado se comporta como aquele tipo de defunto que quer reza. Pelo sim, pelo não, o valente senador Eduardo Girão (CE) vazou, filiando-se ao Partido Novo.
Às moscas
O Senado correu para tentar aprovar hoje (8) Jhonatan de Jesus (Rep-RR) no TCU. O problema não é o deputado e sim o quórum. Depois da eleição da Mesa Diretora, os senadores meteram o pé de Brasília.
Gente atrasada
O ministro Luiz Marinho (Trabalho) continua com a mentalidade paralisada nos anos 1980. Disse não se preocupar com a iminente saída do Brasil de aplicativos de transporte. Não está nem aí para o Uber, por exemplo, que garante trabalho a 1,5 milhão de brasileiros.
Prioridades
Na viagem aos Estados Unidos, Lula separou espaço na agenda para a deputada Alexandria Ocasio-Cortez. A congressista ganhou notas na imprensa brasileira ao sugerir a expulsão de Jair Bolsonaro dos EUA.
Meio caminho
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) já contabiliza 72 assinaturas para instalar a CPI de Abuso de Autoridade do STF na Câmara dos Deputados. Com 171 assinaturas, a comissão pode ser criada.
Queda livre
Empresa que virou substantivo durante a pandemia, a Zoom anunciou que vai demitir mais de 1,3 mil funcionários, cerca de 15% do total. Desde 2020, a empresa perdeu mais de 85% do seu valor na Bolsa.
BC técnico
Para o deputado José Medeiros (PL-MT), o Copom está sendo técnico e é o ministro Fernando Haddad (Fazenda) quem faz “avaliação política” sobre o comportamento do Banco Central no atual governo petista.
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