A reunião entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente Lula (PT), esta semana, na casa do ministro Paulo Pimenta (Comunicação Social), foi armada por lulistas para aparar as arestas em torno da fala de Lira, para quem o governo não tem base no Congresso. A determinação de Lula para travar nomeações em cargos do segundo escalão e a liberação de emendas para deputados federais novatos dominaram boa parte do encontro. Lira cobrou soluções.
Pontos sensíveis
Deputados reclamam que nomeações emperradas estão minando a relação com os prefeitos às vésperas das eleições municipais.
Promessa é dívida
Deputados novos não têm emendas, que são definidas no ano anterior. Lira prometeu que, mesmo os novatos, levariam algo para as bases.
Tem um porquê
A reunião na casa de Pimenta foi proposital. Lula, raposa velha, queria ambiente mais descontraído e terreno favorável para “desarmar” Lira.
Pelas costas
Mesmo dependendo de Lira, lulistas saíram falando mal do deputado. Dizem que ele “cria dificuldades”.
Petistas promovem caça às bruxas no Itamaraty
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor para assuntos internacionais da Presidência e chanceler de fato, Celso Amorim (PT), se prestam ao serviço de retaliar diplomatas, servidores públicos de carreira, que apenas cumpriram seus deveres durante o governo Bolsonaro. Após “expurgar” um grupo de embaixadores considerados “bolsonaristas”, lulistas preparam um caminhão de indicações de
diplomatas “alinhados” à ideologia.
Papelão
Diplomatas com décadas na carreira do Itamaraty têm sido perseguidos por aceitar trabalhar em posições do governo passado.
Estratégia
O Itamaraty, que tem interferência direta de Amorim, nova eminência parda dos assuntos internacionais, prioriza a retirada de diplomatas.
Só o partido importa
Existem 16 embaixadas brasileiras sem representantes, mundo afora. A ideia é esvaziar mais postos antes da onda de nomeações petistas.
Paralisia
Lula usa dos seus ataques ao antecessor para não ter de explicar o descumprimento de promessas de campanha. A prometida reformulação do imposto de renda, por exemplo, “deve ficar” para o fim do ano.
Situação grave
Ex-ministro de FHC, Dilma e Temer, o ex-deputado Eliseu Padilha (MDB-RS) foi novamente hospitalizado em estado de saúde grave. Amigos, como o ex-ministro Carlos Marun, afirmam que só resta rezar.
Grana marcada
O deputado Mendonça Filho (União-PE) quer proibir a oferta de empréstimos com base nos pagamentos mensais do Bolsa Família. O governo ainda quer determinar o cidadão pode fazer com o dinheiro.
Qual passa?
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado votará dois pedidos: convocação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que Lula tenta desestabilizar, e dos dirigentes das Lojas Americanas.
Aliados, pero no mucho
A Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado, presidida por Marcelo Castro (MDB-PI), ex-ministro de Dilma, avalia convite a seis ministros para explicar “planos para os próximos anos”. Nenhum do PT.
Lacrolândia
Levantamento do próprio Senado aponta que os prédios do Congresso, em Brasília, serão iluminados ao menos de 19 formas diferentes em
“campanhas de conscientização”. E de lacração.
Bye, bye, Brasil
Em maio de 2018 a britânica Lush abandonou o Brasil, apesar de boas vendas. “Alta carga tributária, prolongada recessão econômica, somadas à instabilidade política, tornaram impossível” a permanência, anunciou.
Pandemia, 3 anos
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde classificava a onda de covid como pandemia, após meses relutância e depois das primeiras mortes causada pela doença no Brasil.
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