Superendividamento: saiba quando pedir ajuda

Publicado em 18/05/2016 às 19:06 | Atualizado em 18/05/2016 às 19:06
A prescrição é de cinco anos contados da data de vencimento da dívida. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Órgãos oferecem apoio a pessoas superendividadas, promovendo negociação de debitos. Foto: Marcos Santos/USP Imagens - FOTO: A prescrição é de cinco anos contados da data de vencimento da dívida. Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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endividados Marcos Santos USP Imagens Órgãos oferecem apoio a pessoas superendividadas. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Um fenômeno que tem se tornado cada vez mais comum é o superendividamento, que acontece quando o consumidor não consegue quitar seus débitos mesmo se empregar todo o seu rendimento. Com a crise e o desemprego, a tendência é de que as contas se acumulem. É preciso saber quando pedir ajuda. “As pessoas superendividadas geralmente não estão nessa posição porque escolheram. Ocorreu algum fator externo, como morte na família ou desemprego que as tornou incapazes de pagar as contas”, afirma a chefe da Seção de Tratamento de Consumidores Superendividados – Proendividados do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Vivian Tavares. LEIA TAMBÉM » Devedor também tem direitos » Conheça os 7 pecados da inadimplência » Desemprego é a principal causa da inadimplência, aponta pesquisa da Boa Vista SCPC O núcleo promove de forma gratuita audiências de negociação de dívidas e tratamento com apoio de consultor financeiro para quem procura o espaço voluntariamente. São atendidas, em média, 20 pessoas por dia, segundo Vivian. Uma pequena parte dos superendividados compra por compulsão. Na hora de adquirir bens, eles se envolvem emocionalmente, levando a um ato repetitivo que os deixa sem controle dos gastos. De acordo com a especialista em neurociência do consumo e professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Maria dos Remédios Antunes, o consumidor compulsivo tem pouco controle sobre o processo de compra. “Enquanto as compras planejadas se iniciam com o reconhecimento de um problema, passando pela busca de informações e avaliação das alternativas de compra, até a decisão de consumir, as compras compulsivas têm forte apelo emocional”, explica. Ela acrescenta que, ao admitir problema com compras, a pessoa deve procurar um psicólogo ou psiquiatra e um consultor financeiro para se organizar. Uma das soluções para sair do vermelho é a negociação de dívidas. Os interessados podem procurar uma unidade do Procon. No futuro, o órgão tem planos de implantar um núcleo de apoio a superendividados. O ProEndividados também está aberto ao público. O núcleo funciona no Fórum Thomaz de Aquino, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife, de segunda a sexta, entre as 8h e o meio-dia. Quem quiser começar o planejamento desde já pode procurar o Guia dos Endividados da Associação de Consumidores Proteste, que traz dicas sobre o tema. A publicação está disponível de graça no site www.proteste.org.br.

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