O condomínio está caro? Saiba como o valor é calculado e dicas para reduzir a taxa

Publicado em 22/05/2017 às 21:23
Em março, o índice havia sido de 0,01%. Já em abril do ano passado, a taxa foi de 0,33%. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
FOTO: Em março, o índice havia sido de 0,01%. Já em abril do ano passado, a taxa foi de 0,33%. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Quem mora em prédio conhece bem esta despesa mensal, que é obrigatória. Foto: Diego Nigro/JC Imagem Independentemente se novo ou usado, quitinete ou imóvel com muitos quartos e suítes, o apartamento sempre traz consigo a taxa de condomínio, cobrança quase tão onerosa quanto o aluguel. Ter ou não piscina, sauna e academia, por exemplo, podem ser fatores pouco relevantes para o valor final. Entender os custos envolvidos é essencial para avaliar se o preço pago é justo ou não. O primeiro tópico do artigo 1.336 do Código Civil é simples e direto: estabelece como dever do condômino “contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção”. Basicamente, essa taxa é calculada por meio da soma das despesas fixas com as despesas eventuais do condomínio. De 45% a 50% da cota paga todo mês pelos condôminos é referente ao pagamento da folha mensal. Contas como água e luz respondem por 20%, assim como os gastos com contratos de conservação e manutenção. Outros 10% correspondem ao fundo de reserva para obras e melhorias, e 5% são despesas administrativas. »Imóveis: Recife tem o metro quadrado mais caro do Nordeste »Uma torneira gotejando pode aumentar a conta em até R$ 100; veja dicas para economizar »30 dias no conserto? Você pode receber um produto novo de volta ou restituição da quantia paga »Remédios manipulados ajudam a economizar até 30% Uma das principais razões dos déficits gerados nas contas do condomínio é a inadimplência. Com o orçamento apertado, essa taxa muitas vezes acaba sendo considerada um compromisso dispensável. O diretor de Condomínios do Sindicato de Habitação de Pernambuco (Secovi-PE), Márcio Gomes, afirma que o aumento da inadimplência dessa taxa foi de 15% nos últimos doze meses. “Na escala de prioridades as pessoas não priorizam o pagamento do condomínio. Isso é um grande erro, pois quando essa taxa não é paga, acaba prejudicando toda a vizinhança. Se eu não pago minhas contas, prejudico apenas a mim, mas quando não pago esse débito, afeto todos os outros condôminos”, diz. A fórmula para se chegar ao valor do condomínio tem duas variáveis importantes: a despesa total mensal e a fração ideal. Esse segundo elemento é calculado a partir da área privada que cada apartamento ocupa, junto com o que cabe a cada imóvel nas áreas comuns. O resultado é a participação de cada proprietário no espaço total do prédio. A partir desse percentual, geralmente abaixo de 1%, é possível chegar à taxa, multiplicando-se a fração ideal pelo valor total dos gastos mensais. Entretanto, a fração ideal não é obrigatória para chegar ao valor final. Esse percentual é uma opção que o Código Civil dá – embora, por lei, ela tenha que constar na escritura do apartamento e na convenção condominial. Caso a convenção estabeleça que a cobrança seja feita de outra forma, prevalece a convenção. Para evitar taxas muito altas e amenizar o peso dessa conta no orçamento, moradores e síndico podem adotar medidas conjuntas. De acordo com o diretor de Condomínios do Secovi, atitudes como renegociar contrato com fornecedores, manter contratos de manutenção para evitar gastos altos com consertos, reduzir ao máximo o número de funcionários, consertar vazamentos e economizar água fazem toda a diferença no valor final. “Quando todos economizam, a taxa pode diminuir”, pontua. »Folheados a ouro de marcas famosas têm substância cancerígena »»Confira quais são os direitos na hora de comprar produtos de mostruário »Agiotas lucram alto com empréstimo via cartão de crédito no Recife

Dicas

CONDOMÍNIO
- Reduzir ao máximo o número de funcionários, sem comprometer a segurança - Evitar pagamento de horas extras - Contratar funcionários que morem próximo ao empreendimento, para evitar pagamento de vale-transporte - Renegociar contrato com fornecedores, pedindo descontos - Manter contratos de manutenção para evitar gastos altos com consertos - Instalar lâmpadas eletrônicas, com sensor de movimento - Fazer vistorias constantes para checar vazamentos de água e energia elétrica - Usar materiais de limpeza profissionais »Devolução em dobro: veja quando o consumidor tem esse direito »Evite o desperdício: como fazer com que os alimentos durem mais na geladeira
MORADOR
- Economizar água - Zelar pelo patrimônio do condomínio - Consertar vazamentos de água e energia elétrica no apartamento - Participar da administração e ajudar na captação de orçamentos - Não chamar os dois elevadores ao mesmo tempo

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