CUSTO DE VIDA

Cesta básica da Região Metropolitana do Recife subiu 5,05% em outubro, informa o Procon-PE

Frango, arroz e óleo de soja foram os campeões de aumentos. O valor de uma cesta básica já corresponde a quase metade do salário mínimo do trabalhador

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 13/10/2020 às 14:52
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Arroz, que já foi um vilão da inflação, teve um avanço menor - FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
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Fazer a feira da semana ficou mais caro. A cesta básica na Região Metropolitana do Recife subiu 5,05% no mês de outubro segundo a pesquisa realizada pelo Procon-PE. O valor passou de R$ 449,22, no mês de setembro, para R$ 471,90, em outubro. Com este preço, a cesta básica tem um impacto de 45,16% no salário mínimo do trabalhador. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 a 8 de outubro.

Dos 37 produtos pesquisados, 14 subiram de valor. Os alimentos que mais subiram de preço foram: o quilo do frango, 21,01%, que passou de R$ 4,95 para R$ 5,99; o arroz, 17,11%, passando de R$ 2,98 o quilo, para R$ 3,49 e o óleo de soja, que teve acréscimo de 17,01%. Já no setor de limpeza e higiene, os que apresentaram alta foram: o sabão em pó (4,76%) e o papel higiênico (11,88%).

VARIAÇÃO

De um estabelecimento para o outro o consumidor pode encontrar diferença percentual de até 252,73%, como no caso do sabão em pó, e de 209,30%, no caso do quilo da cebola. O levantamento feito pelo órgão de defesa do consumidor passou por 20 estabelecimentos, nos municípios de Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A análise dos preços é feita em 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal.

“Temos recebido muitas queixas da população quanto ao aumento no setor de alimentação. A indicação do órgão é que pesquisem antes de adquirir os produtos e denunciem caso constatem superfaturamento ou qualquer prática que infrinja o direito do consumidor”, diz o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

O levantamento toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. O diferencial da pesquisa do órgão de defesa do consumidor, em relação as que são realizadas por outros institutos, é que neste levantamento é possível identificar o preço de cada item por estabelecimento, desse modo fornece ao consumidor os locais e endereços onde o produto encontra-se mais acessível. A pesquisa pode ser encontrada no site do Procon: www.procon.pe.gov.br

PANDEMIA

O Procon Pernambuco fez ainda um levantamento para analisar quais os produtos que mais subiram de preço desde o início da pandemia da Covid-19. Foram comparados os valores que estavam sendo praticados no mês de março com os praticados em outubro. Dos 27 produtos, que fazem parte da cesta básica pesquisada pelo órgão, 17 subiram de preços. Os que tiveram maior destaque foram: charque de segunda (59,76%); óleo de soja (59,13%) e o arroz (42,45%).

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