DIREITOS DO CONSUMIDOR

Novo golpe financeiro no mercado. Golpe do "abate do porco" prejudica mulheres. Entenda como funciona

Veja outros destaques da coluna do consumidor desta terça-feira (25): Queda nas reclamações contra setor de seguros; aumento na portabilidade telefônica; e ligações grátis para o INSS

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 25/10/2022 às 4:00
KAROLINA GRABOWSLA/PEXELS
Foco são mulheres que acabam convencidas a investir em plataformas financeiras falsas - FOTO: KAROLINA GRABOWSLA/PEXELS
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O novo golpe chamado  "abate do porco", tem como foco mulheres adultas, de bom poder aquisitivo e que estão à procura de um relacionamento. Sim, é o velho golpe de sedução mas, formatado para atrair a vítima a investir em contas fantasmas visando um lucro que nunca chega.

Os fraudadores buscam as suas vítimas nas redes sociais, ou mesmo em redes de namoro e amizade. O foco são mulheres na faixa de 25 a 45 anos.

Tudo começa com mensagens inocentes pelo WhatsApp ou alguma rede social. Algo como "olá, tenho você nos meus números de contato, parece que nos conhecemos em algum lugar", ou então, "desculpe, eu me enganei" como início de conversa. Os golpistas geralmente usam fotos de homens atraentes no perfil para cativar a vítima e facilitar a manipulação emocional.

A conversa evolui, começam a falar da vida, dos gostos em comum e outros temas. O objetivo é adquirir intimidade com a vítima. Esse primeiro momento pode durar semanas, ou até meses. Com o tempo vem a confiança,  e o perigo.

O golpista começa falar de finanças. Diz que está ganhando muito dinheiro com aplicações ou investimentos e se propõe a ensinar a vítima a lucrar também. Basta que ela faça depósitos em determinada plataforma financeira, deixe o seu dinheiro investido e acompanhe os ganhos por um determinado site. Obviamente, a plataforma de investimentos e o site são controlados pelo golpista e não existem na realidade, ou seja, não auferem lucro nenhum. Passados algum tempo, o amigo virtual desaparece, junto com o dinheiro da vítima.

Para não cair nesse golpe, é importante ficar atento. Muito cuidado com os relacionamentos online, a internet pode ser um facilitador, mas deixa as pessoas expostas. Não compartilhe dados pessoais e outras informações sigilosas com outras pessoas, principalmente desconhecidos, mesmo que pareçam confiáveis. E, por fim, não confie em promessas fabulosas que garantem lucro fácil e em pouco tempo, isso não existe no mercado. 

Setor de seguros tem alta resolutividade nos Procons

De acordo com o Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), o setor de seguros é o 15º segmento em número de demandas nos Procons nacionais, com 1,4% do total das queixas. Ainda segundo levantamento, apenas 0,3% dos processos que são tratados pelas ouvidorias chegam à fase de aplicação de multas pelos Procons, o que significa um índice de efetividade de 99,7% em relação a essas autuações.

Brasileiros mudam de operadora de telefonia 

Os brasileiros estão cada vez mais optando pela portabilidade das operadoras de celular. Foram 2,34 milhões de trocas de empresas de julho a setembro deste ano. Número 11,43% maior comparado com o trimestre anterior. Os dados são da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações.

Ligação de celular para o INSS será gratuita

A ligação para a Central 135 do INSS vai passar a ser gratuita, mesma se feita de um celular. Hoje, a gratuidade vale apenas para ligações feitas apenas por telefone fixo. Quem liga para o 135 usando um celular, paga o preço de uma ligação local. A intenção é que essas ligações também sejam gratuitas a partir de janeiro de 2023.

Shoppings com boa expectativa de vendas neste final de ano

As vendas no Dia das Crianças deste ano cresceram 8,4% nos shopping centers de todo o Brasil, em comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), elaborado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). No período, o comércio nos shoppings movimentou R$ 4,2 bilhões. O ticket médio foi de R$ 211, superando as expectativas do setor, que havia estimado um gasto médio de R$ 204. As lojas de rua registraram um ticket médio de R$ 123.

Na avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai, a queda na inflação traz um incentivo maior para o consumo. “O desempenho reforça a boa expectativa do comércio físico para o último trimestre do ano, que deve ser alavancado por importantes datas para o setor, como a Black Friday e o Natal”, comenta.


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