No final de cada ano, o que escuto de muitas pessoas é sempre algo bem parecido: "esse ano voou, passou muito rápido". Creio que isso se dá pelo fato de que, quando olhamos para trás, a tendência é que se faça um filtro automático, em que muitos fatos são esquecidos, ignorados, e com isso, a nossa memória encurta e nos leva a filtrar, esquecer alguns momentos que sim, nos fizeram caminhar mais lentamente ao longo do ano, mas que bom, temos uma memória seletiva.
Mas num ano como 2020, de pandemia, de tantas vidas perdidas, empresas quebradas, desemprego em alta e de uma economia ao revés, parece que a velocidade dos meses foi diferente, e o que se escuta falar, é que o ano parece mais longo, sem fim, desde já, vale a reflexão: o que você leva de 2020?
Que aprendizado esse ano tão desafiador foi capaz de levar para você?
Estenda essa reflexão em relação ao âmbito pessoal, familiar, profissional e financeiro.
Você é capaz de listar dois a três aprendizados em cada um dos âmbitos citados acima?
Por favor, sugiro que você faça esse exercício, anote num papel, mas não ignore a possibilidade de perceber o que a vida te traz, encare de frente e cresça com o que os desafios nos ensinam.
Como me relaciono frequentemente com uma grande quantidade de pessoas, acessando muitos dos seus sentimentos mais pessoais e em muitos casos, bem íntimos, eu poderia listar aqui muito do que escutei ao longo desse fatídico ano, mas vou me limitar a um ponto, acreditando que, se você ainda não parou para listar o que sugeri acima, fará isso nesse momento.
Que aprendizados você teve em 2020, no âmbito pessoal, familiar, profissional e financeiro?
Sem dúvidas os nossos valores esse ano foram postos à prova, vou trazer dois valores aqui, e que podem ajudar você a refletir algo mais a respeito.
Os valores de vida, de se isolar, abrir mão, viver com menos, menos gente por perto, menos coisas. Mais família, o valor de um pai, de uma mãe, de um irmão, irmã, do esposo ou esposa, de um filho, o valor dos familiares, dos amigos de verdade e perceber que sim, precisamos de muito pouco para sermos felizes, e que a essência segue na simplicidade dos fatos e da nossa rotina, uma eterna construção.
Falo agora de outros valores, dos valores financeiros, da reserva de emergência para as pessoas, para as famílias, falo do capital de giro para as empresas, a fim de que possam sobreviver a períodos de baixa, escassez ou mesmo ausência de receita / faturamento. Infelizmente muitas pessoas só se deram conta em 2020, em relação a reserva de emergência e o seu papel na vida pessoal, familiar e claro, para uma empresa, porém, muitas empresas fecharam as portas por essa razão e tantas famílias fizeram empréstimos por não ter fluxo, uma reserva que sustentasse um período sem receita, e que naturalmente as despesas não paravam de chegar, afinal, o boleto sempre vence.
Realmente não é algo simples, refletir o impacto dos valores em 2020, e perceber que os nossos verdadeiros valores nunca foram baseados em cifras, e que se engana quem põe o dinheiro em primeiro lugar, e aqui naturalmente alguns podem refletir sobre o dilema do "ovo ou da galinha", quem vem primeiro? E outra reflexão que traz pontos de vista diferentes para muitas pessoas: o dinheiro compra felicidade?
Afinal, não serei hipócrita negando a relevância que o dinheiro tem em nossa vida, sobre as condições e possibilidades que ele nos proporciona, vale a reflexão sobre o equilíbrio racional, ao não vender a alma pelo dinheiro, e isso deve falar mais alto e estar (ou não) na essência de cada um, são escolhas.
O assunto é tão complexo quanto completo, e cabe a cada um a reflexão e percepção do equilíbrio dos valores aqui citados, valores de vida, financeiros, de forma que te permitam viver de forma intensa e na essência, administrar o presente, investindo no futuro.
Te desejo vida, saúde, consciência, clareza e persistência na lealdade aos seus (verdadeiros) valores, longevidade e felicidade.
Abraço e até a próxima!
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