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Como usar a restituição do Imposto de Renda

Já foi dada a largada ao período de restituição do imposto de renda, e os dois primeiros lotes já saíram. E todo ano é a mesma coisa: uma parte da população paga imposto de renda e outra parte tem a restituição, ou seja, recebem um valor

Leandro Trajano
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Leandro Trajano
Publicado em 03/07/2022 às 9:00
THIAGO LUCAS/ ARTES JC
Imposto de Renda - FOTO: THIAGO LUCAS/ ARTES JC
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Já foi dada a largada ao período de restituição do imposto de renda, e os dois primeiros lotes já saíram. E todo ano é a mesma coisa: uma parte da população paga imposto de renda e outra parte tem a restituição, ou seja, recebem um valor. Existem também os que não recebem nem pagam nada. Mas o que é essa restituição? Basicamente, é um valor que deve ser ressarcido ao cidadão após a declaração ser emitida e constatado que foi pago um valor maior do que o devido para a Receita Federal.

É importante destacar o que pode gerar essa restituição. Listei alguns fatores que podem ser deduzidos do seu imposto de renda: pagamento de pensão alimentícia, despesas médicas, despesas com educação, inclusão de dependentes na declaração.

O pagamento da restituição é feito de acordo com o momento em que você faz a transmissão da declaração do imposto de renda. Ou seja, quanto antes você entrega, mais rápido recebe. 

Veja o calendário de pagamento das restituições do IR 2022:

- 1º lote: 31 de maio 

- 2º lote: 30 de junho 

- 3º lote: 30 de julho 

- 4º lote: 31 de agosto 

- 5º lote: 30 de setembro

No primeiro lote, devem receber a restituição os contribuintes que têm preferência, como idosos, pessoas com deficiência e professores, e o valor é creditado na conta cadastrada.

A novidade é que muitos brasileiros receberão o valor pelo PIX, isso para quem optou por isso na hora do envio da declaração.

Como checar se a sua restituição foi liberada?

Você pode acessar o site da Receita abaixo e consultar: https://solucoes.receita.fazenda.gov.br/Servicos/ConsRest/Atual.app/paginas/index.asp

Em momentos como o que vivemos, mais que nunca esse valor cai em boa hora para muita gente, no sentido de aliviar um pouco as contas, quitar dívidas, botar contas em dia, começar a reserva de emergência ou até mesmo repor parte do que usou dela. E claro, para quem está com tudo em dia, vem um valor extra para investir, como detalho na sequência.

E pode ser bem utilizado o valor também para investir em você, é hora de fazer aquele curso que pode turbinar a sua carreira, trazer conhecimento extra, ampliar o networking, aproveite a oportunidade.

Então vale reforçar, abrir mais o leque, pois se você tem um valor a receber, é essencial que faça uso da melhor forma. A primeira recomendação é que honre possíveis dívidas, sobretudo aquelas que têm os juros mais altos. Renegocie de acordo com as suas reais condições em honrar o fluxo de pagamento acordado.

Claro, em muitos casos a prioridade é em relação às dívidas que podem cortar serviços essenciais, tal como água e luz. 

Se você não tem dívidas, pode usar a quantia para começar ou compor o seu fundo de reserva ou reserva de emergência, que é um valor destinado a custear as suas despesas fixas por alguns meses em caso de desemprego, redução de renda, doença e outros fatores. 

Caso você não tenha dívidas e esteja com o fundo de reserva constituído, uma boa opção é começar a investir para o longo prazo, fortalecer a base para a velhice de fato, pensar no longo prazo é fundamental, e algo ainda pouco feito pelos brasileiros. 

Procure alternativas diferentes da poupança. Aproveite a oportunidade e o bom momento da renda fixa, que apresenta boas oportunidades nesse período de taxa Selic alta, com ótimas opções de baixo risco e bom retorno.

Essas dicas, em linhas gerais vão muito além dos investimentos com a restituição, mas como um todo. Procure conhecer os investimentos existentes não só no banco que você tem conta, mas procure comparar também com outras possibilidades em bancos digitais, bancos de investimentos, instituições financeiras cooperativas e corretoras de valores.

Por fim, outra opção para usar o valor da restituição é provisionar, já separar de certa forma o valor para custear despesas como IPVA, IPTU, material escolar e tantas outras que chegam no começo de cada ano. Assim, você já olha pra frente, com o objetivo de começar 2023 com tranquilidade!

 Abraço e até a próxima!!

 

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Leandro Trajano - colunista - FOTO:Divulgação

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