Para Marcelo e Carol, sábado é um dia tradicional de ir ao supermercado, e com eles, inseparavelmente, está Vini, de 6 anos, que adora participar das compras.
Marcelo lembra um pouco do fantasma vivido antes do início do plano real e da última troca de moedas no Brasil em 1994, hoje estamos longe daquilo, mas é verdade que a inflação vem aterrorizando muitas famílias nos quatro cantos do país. A alta de preço atinge cerca de 80% dos itens que entram no cálculo do IPCA, o índice mais relevante que mede a inflação.
No caminho do supermercado, Marcelo conversava sobre esses pontos com Carol, e que alguns amigos que costumavam fazer a feira do mês, já não fazem isso há um bom tempo, pois com o alto valor que isso demanda, o mais comum tem sido a compra mais fatiada, em intervalos menores, semana a semana, e Carol comentou que uma amiga já está indo ao supermercado cerca de três vezes por semana, pois com o preço nas alturas, nem sempre consegue na ida semanal comprar tudo o que precisa, sai um valor alto, e por isso, precisa voltar ao supermercado outras vezes durante a semana para comprar o que falta. E do jeito que vão as coisas, os dois acham que não demora a ter mais gente, indo várias vezes por semana.
Marcelo tem observado que o preço de alguns produtos muda a cada ida ao supermercado, o fantasma da inflação está firme, pois é no supermercado que se vê a maior alta de preços no país, e com isso os sustos são constantes e o medo do endividamento ou de se enrolar financeiramente é grande, por isso, muita gente vem mudando alguns hábitos, segurando bem as compras no supermercado, optando por marcas menos conhecidas e cortando alguns itens da lista.
Diante desse cenário, muitas atitudes vêm sendo tomadas, em termos práticos, precisamos nos adequar nesse período, rever as despesas fixas, conta de celular, internet, tv a cabo, serviços e produtos por assinatura com pagamento mensal, medidas em relação ao consumo de energia em casa e mais atitudes a fim de conter as despesas e equilibrar o orçamento, pontos que já foram rigorosamente revisados por Marcelo e Carol.
É necessário estar atendo, observar bem os preços, a quantidade comprada, promoções, evitar comprar mais do que precisa de forma aleatória, a atenção com as embalagens econômicas que nem sempre trazem uma economia, o cuidado com o "Pague Dois, leve Três" que nem sempre vale a pena, pois termina fazendo você gastar mais do que pretende em busca de uma vantagem no preço, e que te leva a gastar mais, são mais pontos que vale estar de olho.
Atentos a esses pontos, Marcelo e Carol estão fazendo sempre uma lista de compras para a ida ao supermercado, e quem ajuda a escrever os itens da lista é Vini, de forma que assim, eles procurem comprar apenas o que tem na lista, e Vini, é o guardião do carrinho, ele só deixa entrar no carrinho itens que estão na lista, e pouco a pouco vai riscando os itens dela, e se for um item que não está na lista, Vini só deixa entrar se os pais estiverem em acordo, ele leva mesmo a sério a missão de guardião que lhe foi dada.
Eles definiram que se a lista de compras for pequena, nem pegam o carrinho, basta a cestinha, pois o espaço é menor, e o "incômodo" de levar ela de um lado para o outro termina fazendo com que sejam mais objetivos nas compras também, acelerando as escolhas, reduzindo o tempo de permanência no local e a possibilidade de ter mais despesas.
E de fato isso é bem pensado, só pegar o carrinho se for fazer uma compra maior, caso sejam poucos itens, usar a cestinha, e se forem dois, três itens, por exemplo, levar na mão. Isso porque o carrinho deixa tudo confortável e uma tendência maior a ter mais calma, rodar mais no estabelecimento e levar mais itens do que o planejado, aumentando as despesas e até mesmo a compra de supérfluos.
Por fim, depois de um sábado de compras com tudo dentro do combinado, os três voltavam para casa refletindo sobre os desafios do momento, a alegria de ter Vini envolvido no processo e prontos para mais um fim de semana de curtição.
Abraço e até a próxima!
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