21 de julho. Essa é a data proposta pelo sindicato das escolas particulares de Pernambuco para início da reabertura das unidades de ensino para aulas presenciais, começando com a educação infantil, o 1º e o 9º ano do ensino fundamental e as três séries do ensino médio. A sugestão é que as turmas comecem com 50% dos alunos. A outra metade ficaria em casa, com aula remota.
Cabe ao governo estadual autorizar a volta do ensino presencial em escolas, faculdades e universidades, públicas e privadas. Decreto assinado pelo governador Paulo Câmara mantem as unidades fechadas até 31 de julho por causa da pandemia da covid-19. Não há definição ainda de quando haverá a reabertura das escolas, isso vai depender do cenário epidemiológico do novo coronavírus.
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O cronograma apresentado pela entidade ao governo do Estado coloca mais duas datas: 28 de julho para os demais anos iniciais do ensino fundamental (do 2º ao 5º ano) e na terceira etapa, em 4 de agosto, para as 6ª, 7ª e 8ª séries do fundamental. A proposta vale para todas as escolas e não somente para as da rede privada.
As aulas presenciais no Estado estão suspensas desde 18 de março por causa da pandemia do novo coronavírus. Por isso, muitas redes adotaram o ensino remoto. A expectativa agora é pela divulgação, pelo governo, do plano de retomada das aulas presenciais. A previsão é que esse planejamento seja liberado ainda este mês.
O motivo de começar em datas que caem na terça-feira é para reservar a véspera (segunda-feira) para check list de todo o protocolo de retorno.
"A proposta de reabertura para aulas presenciais é progressiva, iniciando com dois grupos que não compartilham os mesmos espaços, têm acessos distintos, e os horários de entrada, saída e intervalo de aulas também são distintos", enfatiza o Sinepe.
O documento foi entregue nesta sexta-feira (03) para a assessoria do governador Paulo Câmara e para os secretários de Saúde e de Educação de Recife e de Pernambuco.
“A nossa proposta é bastante simples, partindo do princípio da gradação, começando com a educação infantil e o ensino médio. As datas serão para todas as escolas, mas somente aquelas que estiverem prontas, atendendo todos os protocolos, vão iniciar as aulas. Não serão todas de uma vez", explica o presidente do sindicato, José Ricardo Diniz.
SÉRIES
As justificativas para começar pela educação infantil são a necessidade dos pais voltarem ao trabalho e a dificuldade das crianças menores aprenderem com o ensino remoto. O sindicato informa também que o início por essa etapa tem a ver com um aspecto econômico: “o Infantil 2 e Infantil 3 foram quase extintos, em virtude do cancelamento de matrículas em massa, o que implica reduzidíssimo número de alunos no retorno presencial”, explica a entidade no texto enviado ao governo.
“A escolha pelo ensino médio também na primeira etapa acontece porque os concluintes vão fazer o Enem e os vestibulares. E os alunos dos 1º e 2º anos têm as provas do Sistema Seriado da UPE”, diz José Ricardo. Integram esse grupo ainda os alunos dos 1º anos, porque estão no processo de alfabetização, e os dos 9º anos porque vão concluir essa fase da educação básica.
RESPOSTA
"Contamos com a sensibilidade das autoridades sanitárias e de educação do Estado. Nada foi feito de maneira açodada, fora do contexto. Aguardamos um retorno positivo do governo", complementa José Ricardo.
A Secretaria de Educação de Pernambuco informa que recebeu a proposta, assim como outras entidades apresentaram também sugestões de datas. Afirma também que o plano de retomada das atividades educacionais está sendo elaborado.
Proposta das escolas privadas
1ª etapa - 21 de julho
Turmas da educação infantil (2, 3, 4 e 5), 1º ano do ensino fundamental, 9º ano do ensino fundamental e as três séries do ensino médio
2ª etapa - 28 de julho
Turmas do 2º ao 5º ano do ensino fundamental
3ª etapa - 4 de agosto
Turmas do 6º ao 8º ano do ensino fundamental
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