Faltando uma semana e um dia para a retomada das aulas presenciais em Pernambuco, a partir da terça-feira da próxima semana (dia 06), o protocolo final com as regras que escolas públicas e privadas devem seguir ainda não foi divulgado pelo governo estadual. A primeira versão do documento saiu em 15 de julho. Na semana passada, ao divulgar o calendário com as datas de reabertura dos colégios para o ensino médio, o secretário de Educação, Fred Amancio, prometeu liberar o texto final, com acréscimo de novas orientações, até a última sexta-feira (25), o que não aconteceu.
"Estamos aguardando o protocolo final. A maioria das escolas se preparou e seguiu a primeira versão do documento. Mas precisamos saber quais são os novos pontos para que possamos nos adequar. A cobrança dos diretores é grande para que o governo libere a atualização do protocolo", diz o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambuco (Sinepe), José Ricardo Diniz.
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Entre os docentes da rede estadual, a queixa é a falta de detalhamento de alguns pontos do documento. "O protocolo não cita, por exemplo, o que os professores com mais de 60 anos devem fazer. As professores grávidas ou que estão amamentando também, como farão? Quem mora com pessoas idosas ou com comorbidades? São questões que deveriam estar detalhadas, sentimos falta disso", ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o texto com ajustes feitos a partir de sugestões da consulta pública e da equipe da Secretaria Estadual de Saúde está sendo finalizado para liberação até a próxima quarta-feira (30).
A atual versão do protocolo tem 51 pontos e serve para educação básica e também para ensino superior e cursos livres (cursos de línguas, cursos técnicos, qualificação profissional e outros). O documento foi dividido em três áreas: distanciamento social (13 regras), medidas de proteção/prevenção (25 regras) e monitoramento e comunicação (13 regras).
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