COLUNA ENEM E EDUCAÇÃO

Oito escolas estaduais com casos de profissionais com covid-19 em Pernambuco, denuncia Sintepe

Sindicato dos Trabalhadores em Educação informa que três colégios de Recife, um de Igarassu, dois do Cabo e dois em Petrolina têm registro de profissionais com covid-19

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 09/11/2020 às 17:09 | Atualizado em 09/11/2020 às 19:42
YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM
Alunos do ensino médio são os únicos autorizados a voltar para o ensino presencial nas escolas da rede estadual, com protocolos específicos para a área - FOTO: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM

Atualizado às 19h30

Pelo menos oito escolas estaduais de Pernambuco registraram casos de professores ou funcionários com covid-19, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). A Secretaria Estadual de Educação confirma casos em três das escolas citadas pelo sindicato. Em outra o exame deu negativo e nas quatro restantes o órgão aguarda resultados dos testes realizados nos profissionais.

As aulas na rede estadual estão liberadas apenas para as três séries do ensino médio. Voltaram no dia 6 de outubro, só por um dia e foram suspensas por causa da greve dos docentes. Depois retornaram desde o último dia 21, ou seja, há 20 dias corridos.

Na rede particular, as escolas voltaram desde 9 de outubro e em pelo menos sete delas houve relatos de alunos ou professores infectados pelo novo coronavírus. Nesta terça-feira (09) começa uma nova etapa de retorno ao ensino presencial, com a liberação das turmas das séries finais do ensino fundamental e apenas para as unidades privadas.  

Segundo o Sintepe, três dos oito colégios estaduais que tiveram casos de covid estão no Recife: Escola Clotilde de Oliveira, em Casa Amarela, Escola Lions de Parnamirim, no bairro de mesmo nome; e Escola Othon Paraíso, no Bongi. Também na Região Metropolitana há infectados na Escola Santos Cosme e Damião, em Igarassu; Erem Professora Luisa Guerra, no Cabo de Santo Agostinho e Escola Fernando Soares Lira, também no Cabo. No interior, os relatos são de duas unidades de ensino de Petrolina, no Sertão: Escola Carlos Drummond de Andrade e Escola Dom Antônio Campelo.

"Criamos um canal para receber as denúncias, que não param de chegar. Checamos todas as informações e até agora temos confirmados casos em pelo menos oito escolas da rede estadual. Em nenhuma delas houve suspensão das aulas", afirma a secretária geral do Sintepe, Marinalva Lourenço. "Avaliamos essa situação com muita preocupação. Nas escolas do Cabo, por exemplo, é a mesma professora que ensina nas duas unidades, na Luisa Guerra de manhã e na Fernando Soares Lira à tarde", comenta Marinalva.

De acordo com o Sintepe, qualquer pessoa, independente de ser professor ou profissional de educação, pode denunciar casos de contaminação no ambiente escolar, por meio do whatsApp (81) 9820-8585. A rede estadual tem 750 colégios com oferta de turmas de ensino médio, onde lecionam 16.762 professores. Nessa etapa da educação básica há cerca de 290 mil alunos.

SEM BALANÇO

O secretário estadual de Educação, Fred Amancio, informa que não há um balanço, por parte do governo, de quantas escolas estaduais têm casos de professores ou alunos que foram infectados pela covid-19. "Não há nenhuma confirmação de que as transmissões ocorreram no ambiente escolar. São 750 escolas com turmas do ensino médio na rede estadual. O nosso trabalho é cumprir o protocolo e garantir que a escola não seja o vetor de transmissão, evitar que haja contaminação em escala", destaca Fred Amancio. "Se é um caso ou são oito, tratamos da mesma forma. Cada caso tem que ser investigado", diz o secretário.

De acordo com a Secretaria de Educação, houve casos confirmados nas Escolas: Lions Parnamirim; Erem Professora Luisa Guerra e Fernando Soares Lira. Os casos ainda em investigação estão nas Escolas: Othon Paraíso; Santos Cosme e Damião; Carlos Drummond de Andrade; e Dom Antônio Campelo. Apenas na Escola Clotilde de Oliveira o exame deu negativo.

PROTOCOLO

A reabertura das escolas, públicas e privadas, deve seguir um protocolo específico elaborado pelo governo estadual, por meio das Secretarias de Saúde e de Educação de Pernambuco. Está dividido em quatro eixos: distanciamento social; proteção e prevenção; comunicação e monitoramento; e vigilância epidemiológica em âmbito escolar. Esse último capítulo é o que dá as orientações específicas para os procedimentos caso haja algum doente na escola.

 

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