Professores da rede estadual de Pernambuco realizam, na manhã desta quarta-feira (18), um protesto no Centro do Recife, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado, em reivindicação por reajuste salarial em toda a carreira da Educação, já que a gestão estadual aprovou o aumento apenas no piso salarial. Além da manifestação, a classe também paralisou as atividades por um dia. O movimento é liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
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O presidente do Sintepe, Fernando Melo, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTPE), Heleno Araújo, foram recebidos pelo Secretário Executivo de Articulação e Acompanhamento do Governo de Pernambuco, Eduardo Cabral Figueiredo, nesta manhã, e discutem o pedido do sindicato.
Segundo a classe, durante reunião no dia 6 de novembro, o Governo de Pernambuco anunciou a atualização do piso salarial para os professores que recebem salários inferiores a R$ 2.886.24. Mas, no Estado, segundo o Sintepe, apenas 5.611 profissionais da educação recebem o valor, do total de 60 mil.
O sindicato, no entanto, critica a falta do reajuste para toda a carreira. "Quando atualiza somente o piso e não faz repercutir pela carreira, ele a destrói e implode nossa tabela de pagamento. Esse piso tende a virar teto, e isso significa destruir o principal e único instrumento de valorização profissional que temos em Pernambuco. Nossa luta é para que o governo, em 2020, faça aquilo que fez em 2019, 2019, 2017 e 2016, quando ele atualizou o piso e fez a repercussão desse percentual na carreira. Este ano, o Governo está propondo diferente", diz o professor Fernando Melo, presidente do Sintepe.
O Sintepe deixou claro que a paralisação desta quarta nada tem a ver com a volta às aulas presenciais em Pernambuco em meio à pandemia da covid-19. Após decretar greve, a classe aceitou retornar às escolas devido a multa aplicada pela Justiça.
Procurada pela reportagem do JC, a Secretaria de Educação de Pernambuco confirmou o reajuste apenas do piso salarial, mas informou que não irá se posicionar sobre o protesto. Anteriormente, havia divulgado que as escolas estariam abertas normalmente nesta quarta-feira (18), apesar da paralisação.
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