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Secretaria de Educação de Pernambuco mantém suspensão das aulas em escola com casos de covid

Inicialmente, a ETE Arlindo Santos, de Sertânia, ficaria fechada até terça, mas governo manteve suspensão pelo menos até essa quarta-feira. Há 10 profissionais infectados com covid-19 na unidade de ensino

Margarida Azevedo
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Margarida Azevedo
Publicado em 24/11/2020 às 20:28 | Atualizado em 24/11/2020 às 20:59
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Haverá vagas para professores atuarem nas escolas técnicas estaduais de Pernambuco, na educação especial e no Conservatório Pernambucano de Música - FOTO: divulgação

As aulas presenciais na Escola Técnica Estadual Arlindo Ferreira dos Santos, localizada em Sertânia, no Sertão de Pernambuco, permanecerão suspensas até pelo menos esta quarta-feira (25). Há 10 profissionais do colégio com covid-19 (dois professores, dois vigilantes, uma merendeira, três auxiliares de serviços gerais e duas pessoas da gestão). Inicialmente, a suspensão valia até somente essa terça-feira (24), mas a Secretaria Estadual de Educação decidiu estender a interrupção por mais um dia.

Uma equipe da Secretaria Estadual de Saúde visitará a escola nesta quarta-feira e deve refazer os testes nos doentes. Até o fim do dia, o governo promete informar se manterá as aulas suspensas por mais tempo ou não. O colégio tem 448 alunos matriculados, mas menos de 10% concordaram em voltar presencialmente para as aulas. É o primeiro caso de suspensão total num colégio da rede estadual desde que as atividades presenciais para o ensino médio público voltaram, em 21 de outubro.

A identificação de 10 funcionários com o novo coronavírus aconteceu na última segunda-feira (23), numa ação realizada pela Secretaria de Saúde de Sertânia. Vinte e quatro pessoas participaram da testagem na escola nesse dia. "Como foram testes rápidos, o nível de confiabilidade cai. A ação da Secretaria Municipal de Saúde não focou apenas na ETE, mas também em outros locais. Manteremos as aulas suspensas pelo menos até essa quarta-feira", explica o secretário estadual de Educação, Fred Amancio.

"A Gerência Regional da Secretaria Estadual de Saúde estará na escola para conversar com esses profissionais e repetir o teste, desta vez o PCR, que tem o resultado mais confiável. A depender do que avaliarem nesta quarta, decidiremos se há necessidade de continuar com a suspensão das aulas presenciais", informa Fred Amancio. A escola foi sanitizada nesta terça-feira.

SEGURANÇA

Professores defendem que as atividades presenciais não voltem enquanto não houver segurança para o retorno, mesmo posicionamento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). "Queremos que sejam cumpridas as medidas previstas nos protocolos e nas portarias do governo estadual. Apelamos ao governo que nos deixem seguros para exercermos a nossa missão na escola", ressalta a professora Carla Galindo, que leciona no curso técnico de enfermagem da escola. Ela integra o comitê operacional de covid-19 do colégio. Segundo Carla, cinco alunos também estão com suspeita de covid-19, informação não confirmada pela Secretaria de Educação.

O Sintepe pede que haja testagem em massa na escola. Fred Amancio informa que o protocolo da educação está sendo cumprido e que não há evidências científicas, no Brasil e no exterior, que comprovem a necessidade de testagem em massa nas escolas. Garante também que os profissionais com resultado positivo serão afastados do trabalho pelo prazo previsto no protocolo (10 dias).

Segundo o presidente do sindicato, Fernando Melo, há relatos de covid-19 em pelo menos outras 30 escolas estaduais (são 750 colégios que oferecem ensino médio, única etapa da rede estadual com aula presencial autorizada).

PROTESTO

Professores estaduais pretendem suspender as atividades remotas e presenciais nesta quinta-feira (26). No dia, um ato da categoria está marcado para as 9h, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no Centro do Recife. De acordo com o Sintepe, a paralisação e o protesto, definidos em assembleia geral, são para denunciar descaso com a educação pública e "em defesa do piso salarial e das férias em janeiro".

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