Sem data para volta às aulas presenciais, Recife cria protocolo para retorno às escolas municipais; veja regras
Elaborado pelas secretarias de Saúde e Educação da cidade, o protocolo conta com regras de distanciamento, ocupação de salas e também procedimento diante de casos suspeitos ou confirmados de covid-19
A Prefeitura do Recife criou um protocolo com orientações a serem seguidas no retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino, suspensas desde março de 2020, quando os primeiros casos de covid-19 foram registrados na capital pernambucana. Elaborado conjuntamente pelas secretarias de Saúde e Educação da cidade, o protocolo conta com regras de distanciamento, limitação de estudantes por sala e também orientações sobre como proceder diante de casos suspeitos ou confirmados de covid-19. O documento foi publicado na edição do sábado (24) do Diário Oficial do Município.
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A prefeitura, porém, ainda não bateu o martelo sobre uma data para o regresso de alunos e professores às salas de aula das 320 escolas do município, apesar do protocolo e de o governo de Pernambuco ter autorizados cidades a retomarem as aulas presenciais a partir desta segunda-feira (26). Assim como a capital, todas as cidades do Grande Recife também não retornarão às aulas neste momento.
No Estado, embora não haja um levantamento oficial, poucos municípios devem receber os estudantes neste dia. A maioria ainda está avaliando o cenário de contaminação do novo coronavírus em suas regiões para decidir quando será esse retorno. Joaquim Nabuco, na Zona da Mata, e Cupira, no Agreste, anunciaram que vão retomar as atividades nesta segunda-feira.
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Protocolo
Entre as regras estabelecidas no documento consta a distância mínima nas salas e demais locais das escolas deve ser de 1,5 metro entre os estudantes. A medida deve, segundo o protocolo, deve ser seguida ainda que o tamanho das turmas precise ser reduzido. A portaria também orienta aproveitar, quando possível, espaços ao ar livre para as atividades presenciais.
O distanciamento também deve ser cumprido por trabalhadores da educação, exceto aqueles que trabalhem com crianças em creches e pré-escolas. Além disso, o protocolo oriente que as escolas adotem lugares fixos para os alunos tanto nas salas, quanto nos refeitórios.
Os estudantes e equipes de trabalho devem ser organizados em grupos, buscando reduzir a iteração entre diferentes pessoas. Também devem ser escalonados os horários de uso de espaços coletivos e também os de entrada, saída e alimentação das turmas para evitar aglomeração.
O documento da prefeitura determina a aferição de temperatura na entrada das escolas. Em caso de temperatura acima de 37,5ºC, a pessoa deve ser direcionada a um espaço reservado, onde vai ser feita a aferição novamente e, em caso de confirmação, encaminhada para atendimento por um profissional de saúde.
O uso de máscara também é obrigatório nas escolas, exceto para crianças com menos de 3 anos de idade, bem como pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme determina uma lei estadual promulgada em janeiro pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A proteção só ser retirada para as refeições, quando deverá ser guardada em um saco plástico, ou substituída.
O protocolo ainda prevê regras para limpeza dos espaços, oferecimento de álcool 70% e utilização de solução higienizadora para limpeza dos calçados na entrada das unidades. Além disso, os estabelecimentos de ensino deverão reforçar a limpeza e a desinfecção das superfícies mais tocadas, como mesas, teclados, maçanetas, botões, etc., pelo menos duas vezes ao dia.
O que não pode
Entre as proibições estão a realização de eventos, como comemoração de datas festivas, que possam ter grandes concentração de pessoas. Estão suspensas ainda atividades esportivas coletivas e também a utilização dos parquinhos infantis. Somado a isso, o protocolo prevê que sejam feitas ações para evitar aperto de mãos, beijos e abraços, além da demarcação do chão nas filas para garantir distância mínima de 1,5 metro no atendimento ao público.
Também não devem ser compartilhados materiais e utensílios de uso pessoal, equipamentos e ferramentas de trabalho como canetas, telefone celular, trenas, espátulas, etc.
Educação infantil
A portaria traz ainda orientações complementares para a educação infantil. Segundo o documento, os berços ou outros locais onde as crianças dormem devem ser colocados com distanciamento de 1,5 metro. Além disso, na hora do sono, deve-se intercalaras posições das crianças nos colchonetes de forma que a cabeça de uma esteja na altura dos pés da outra, a fim de reduzir o potencial de transmissão do vírus.
Mamadeiras, chupetas e copos devem ser higienizadas, seguindo procedimentos apropriados, com uso de escova após fervura e solução de hipoclorito de sódio. Também devem passar por um processo de higienização brinquedos, trocador (após cada troca de fralda), tapetes de estimulação e todos os objetos de uso comum antes do início das aulas de cada turno e sempre que possível. Ainda, deve-se evitar o uso e reuso de lenços de pano.
As crianças estão proibidas de levar brinquedos de casa para escola e não podem manipular alimentos durante as atividades pedagógicas. Por sua vez, os profissionais responsáveis por esse segmento escolar devem fazer uso de máscara a todo momento.