Mesmo com adesão baixa, professores da rede estadual de Pernambuco votam pela manutenção da greve
Paralisação começou em 19 de abril, data em que as escolas estaduais voltaram a receber alunos e professores presencialmente. Categoria teme a pandemia de covid-19
Em mais uma assembleia realizada na tarde desta terça-feira (11), professores da rede estadual de Pernambuco decidiram manter a greve iniciada em 19 de abril. A categoria é contrária à realização de aulas presenciais com a justificativa dos riscos que alunos, docentes e demais trabalhadores da educação correm estando nas escolas devido à pandemia da covid-19. As atividades remotas estão ocorrendo.
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A reunião foi virtual e contou com a participação de cerca de 700 professores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). Na votação, 62% aprovaram a manutenção do movimento, 33,5% preferiam a suspensão da greve e outros 4,4% se abstiveram.
Internamente está havendo uma grande disputa política na direção do Sintepe, o que enfraquece a paralisação. A presidente, Valéria Silva, é ligada ao PC do B, enquanto a vice, Ivete Caetano, é da ala do PT.
Não há um balanço oficial sobre a adesão dos docentes à greve, mas a estimativa é de que menos de 10% desses trabalhadores estejam com as atividades presenciais paralisadas. A rede estadual de ensino de Pernambuco tem cerca de 33 mil professores, entre efetivos e temporários.