PISO DOS PROFESSORES: deputados votam de novo AUMENTO dado por RAQUEL LYRA a parte dos professores
De autoria da governadora Raquel Lyra (PSDB), o texto prevê reajuste do piso salarial para apenas pouco mais de 6 mil professores
O plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vota mais uma vez, nesta quarta-feira (21), o projeto de reajuste do piso salarial dos professores do Estado. Com votação obstruída pela oposição na última segunda-feira (19), o requerimento que pede a derrubada dos pareceres que rejeitaram a proposta de aumento salarial de 14,95% para apenas parte dos professores está na ordem do dia.
De autoria da governadora Raquel Lyra (PSDB), o texto prevê reajuste do piso salarial para apenas pouco mais de 6 mil professores do Estado. Deixando sem aumento no valor da remuneração mais de 52 mil profissionais.
Na segunda-feira (19), num plenário com galerias tomadas por professores, os líderes João Paulo (PT), Sileno Guedes (PSB), Luciano Duque (Solidariedade) e Dani Portela (PSOL) declararam a obstrução das bancadas de seus partidos, com base no Artigo 195 do Regimento interno da Casa, não garantindo quórum para a realização da votação.
Ainda assim, o projeto voltou a pauta do dia, podendo sofrer a mesma estratégia de obstrução já adotada anteriormente.
Para esta quarta-feira, o governo do Estado tinha marcado com o Sindicato dos profissionais da educação do Estado (Sintepe) uma nova rodada de negociação. Os professores têm reclamado que o governo não está aberto ao diálogo, tampouco apresenta proposta alternativa para contemplar toda a categoria com algum percentual de reajuste.
A proposta de reajuste de 14,95%, estabelecida no Projeto de Lei (PL) nº 712/2023, começou a tramitar na Alepe em maio. O reajuste do piso já deveria estar sendo pago desde o início deste mês de junho. Caso a proposta não avance, se o governo não apresentar um texto alternativo, os profissionais da educação continuarão sem previsão de reajuste salarial para este ano.
A proposta da governadora foi rejeitada nas comissões de Finanças e de Educação, mas chegou ao plenário a partir de um requerimento apresentado pelo líder do governo, deputado Izaias Régis (PSDB).