Censo Escolar 2023: Pernambuco lidera ranking de matrículas no ensino médio em tempo integral
O percentual do Estado está bem acima da média nacional, que figura em 21,9%
Pernambuco lidera o ranking nacional de alunos matriculados no ensino médio em tempo integral, de acordo com os dados do Censo Escolar 2023, divulgados nessa quinta-feira (22) pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Isso significa que a rede pública do Estado tem a maior proporção de estudantes de ensino médio matriculados em instituições de tempo integral: 66,8%. O percentual está bem acima da média nacional, que figura em 21,9%.
O dado aponta um crescimento em relação ao ano anterior. Em 2022, Pernambuco também liderou o ranking, com 62,5%.
“Esse é um marco histórico pra gente. Logo que chegamos na gestão, nós implementamos 61 escolas em tempo integral. Neste ano de 2024, já são mais 14. Estamos implementando políticas para que o ensino fundamental em tempo integral também cresça. Com a perspectiva de mais escolas integrais ao longo dos próximos anos, vamos aumentar ainda mais esses percentuais”, projeta a secretária de Educação e Esportes de Pernambuco, Ivaneide Dantas.
OFERTA DA MODALIDADE NO ESTADO
O estado conta com 567 escolas que ofertam o ensino médio em tempo integral, entre as Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs), Escolas de Referência em Ensino Fundamental e Ensino Médio (EREFEMs) e Escolas Técnicas Estaduais (ETEs).
São quase 220 mil estudantes dessa etapa matriculados na rede pública de ensino integral. Em 2024, foram ofertadas 36 mil novas vagas nas unidades de ensino que adotam a jornada integral, o que corresponde a um aumento de 78% em relação à oferta para o ano letivo de 2023, que foi de 20 mil vagas.
Atualmente, a educação integral é oferecida em todos os municípios do Estado, apontando uma verdadeira universalização da modalidade para o ensino médio. Mais de 60% das escolas da Rede Estadual são de tempo integral, superando a meta do Plano Nacional de Educação para 2024.
“Nosso diferencial é trabalhar não apenas com o aumento da carga horária, mas também com a integralidade do ser humano, explorando todas as suas dimensões. Isso se dá a partir das nossas alavancas de sucesso, que englobam aspectos como o projeto de vida, as eletivas e as atividades de monitoria”, explica Ana Cristina Dias, secretária executiva de Ensino Médio e Profissional.
Para Ivaneide Dantas, a política de ensino integral repercute positivamente no dia a dia dos estudantes. “Nas escolas em tempo integral, eles têm contato com temáticas sociais, culturais, artísticas e de lazer. Esse tempo maior do fazer pedagógico realmente favorece o sucesso dos estudantes. Além disso, o aluno que fica o dia na escola está protegido, tem a alimentação garantida e está num espaço profícuo de crescimento pessoal”, considera a secretária
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
Neste ano letivo de 2024, o Governo do Estado implantou a primeira escola indígena integral do Brasil. Localizada no Sertão, no município de Cabrobó, a Escola de Referência em Ensino Fundamental e Ensino Médio Indígena Capitão Dena oferece educação integral aos seus estudantes do povo Truká.