Combate ao crack conta com R$ 22 milhões no Recife, e começa com comunidades terapêuticas

Publicado em 27/11/2015 às 7:30
Às margens da Avenida Artur Lima Cavalcanti, próximo à Av. Norte o consumo de crack ocorre à luz do dia. Foto: Alexandre Gondim.
FOTO: Às margens da Avenida Artur Lima Cavalcanti, próximo à Av. Norte o consumo de crack ocorre à luz do dia. Foto: Alexandre Gondim.
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  Às margens da Avenida Artur Lima Cavalcanti, próximo à Av. Norte o consumo de crack ocorre à luz do dia. Foto: Alexandre Gondim. Às margens da Avenida Artur Lima Cavalcanti, próximo à Av. Norte o consumo de crack ocorre à luz do dia. Foto: Alexandre Gondim.   Com o Programa Atitude do Governo do Estado em crise - há centros de atendimento fechados, cem servidores desligados o uma queda de mil atendimentos mensais - a Prefeitura do Recife começa, enfim, a enfrentar o crack. A droga, como se sabe, funciona como um estopim para a marginalidade. Na quinta-feira, a Secretária de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas do Recife, Aline Mariano, lançou edital para contemplar um dos quatro programas com os quais pretende desencadear o combate à dependência química. Diferente do que ocorre no Estado - que implantou centros de atendimento - o da Prefeitura permitirá a contratação de vagas em comunidades terapêuticas. De início, serão reservadas 150, que serão destinadas a pessoas que querem se curar do vício. Cada internamento custará R$ 40 por dia aos cofres públicos. Conforme a Secod, há R$ 22 milhões em caixa para aplicar não só no  Projeto Comunidades Terapêuticas, mas também em mais três outros, cujos editais devem ser lançados ainda em dezembro, para que o trabalho comece, de fato, no início do próximo ano. São eles: o Atitude Recife, o Recife Previne e o Recomeçar. O Atitude segue mais ou menos os moldes aplicados em seus bons tempos no Estado, só que incluirá crianças, porque já foram detectadas viciadas em crack a partir de oito anos. O Previne contará com vans, que circularão na Cidade, fazendo campanhas educativas, enquanto o último deverá encaminhar jovens recuperados para um recomeço de vida. Antes de lançar o primeiro edital, a Secod já vinha fazendo trabalho de formação de agentes multiplicadores contra as drogas, em bairros carentes da Capital. Foram 800 até o momento. Aline afirma que não há cracolândias no Recife, ao contrário do que ocorre em cidades como São Paulo. Ela prefere definir os locais de consumo como "cenas de uso". Segundo a Secod, cracolândias são locais onde o consumo de crack ocorre sem parar, 24 horas por dia. Mas é fácil observar-se o seu uso,  à luz do dia, em áreas como a Ponte de Limoeiro, a Avenida Artur Lima Cavalcanti, o Parque Amorim, e a Praça Chora Menino. Também cresce o consumo em torno do Mercado da Encruzilhada, onde um grande grupo vem se reunindo à noite, para consumo da Pedra. Leia mais: Ex viciado em crack vence dependência, e  comemora saída do fundo do poço Secod busca apoio em comunidades terapêuticas para enfrentar o crack no Recife. Cenas de uso do crack começam a ser mapeadas no Recife para guerra contra o vício Sociedade precisa fazer a sua parte, inclusive lutar contra o crack Usuários do crack prejudicados com o fechamento de serviços do Atitude no Recife

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