Sobre os barraqueiros, quem matou a questão foi o mestre Fernando Castilho, titular da coluna JC Negócios, na edição da última sexta-feira do JC: não pode parecer que o governo está a reboque da pressão da categoria. Houve uma promessa de anúncio claramente não cumprida na última terça-feira, que motivou a volta dos comerciantes de Porto de Galinhas na quarta-feira, mesmo sem autorização.

Agora há uma nova promessa, cuidadosamente amarrada sem uma data para ser cumprida. O governo apenas garantiu que o comércio de praia vai para a fase 8 do plano de convivência (a RMR, mais adiantada, está na fase 7). Mas não existe, no plano, uma data específica para as mudanças de patamar.

Os barraqueiros, por sua vez, deram o ultimato: ou recebem o sinal verde no dia 31 ou voltam às praias no dia seguinte, queria ou não o governo. É o que nos leva de volta ao comentário de Castilho: a pressão do segmento já emparedou a gestão. Se existia alguma intenção de postergar a abertura total das praias, ela foi por terra quando a reunião da última terça-feira foi cancelada.