Ministro, em caso de vitória?

'Ninguém de juízo desprezará a oportunidade de usar da competência de um Paulo Câmara', diz Lula

Em entrevista à Rádio Clube o ex-presidente Lula elogia Paulo Câmara

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Jamildo Melo

Publicado em 09/02/2022 às 10:31 | Atualizado em 09/02/2022 às 10:54
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O ex-presidente Lula rasgou-se em elogios ao governador Paulo Câmara, na entrevista que concedeu ao comunicador Raldney Santos, nesta quarta.

'Ninguém de juízo desprezará a oportunidade de usar da competência de um Paulo Câmara', diz Lula.

"Eu não sei o que eles vão ser. O que posso dizer é que eles não vão ficar sossegados. O Brasil não pode prescindir de quem fez coisas boas. Lamento porque o Paulo Câmara vai fazer falta no Senado, mas eu respeito a opção do PSB (de não lança-lo ao Senado)".

"Paulo Câmara foi o maior articulador da aliança PT/PSB. Essa aproximação gerou a hipótese de Paulo Câmara ser ministro. Como o senhor enxerga a participação de PC no seu governo?", havia sido o questionamento.

Esnobada em Paulo Câmara, em 2017

O curioso a ser registrado na data de hoje é a mudança de opinião do petista. Ainda em 2017, falando sobre a eleição de 2018 em Pernambuco, o cacique petista esnobava o socialista ele dizia que Paulo Câmara era apenas um técnico e que era substituível.

“O (governador) Paulo Câmara é o resultado daquilo que eu não acredito. Ninguém governa porque é técnico. Um técnico você contrata. Político é difícil você encontrar um bom. Técnico tem muito. A universidade está assim. você tentar transformar um técnico em político, (mas) é muito mais fácil você fazer um político contratar um bom técnico para assessorar", disse Lula em 2017.

“Eu não sei qual é o futuro do Paulo Câmara. Ele vai enfrentar o Fernando Bezerra Coelho, que tem outros interesses. Vai enfrentar muita coisa lá. Tem cinco ministros contra ele lá”, disse em 2017.

Veja abaixo outras falas sobre os mais variados temas

Vice ou Senado?

"É preciso enaltecer o gesto de Humberto Costa de retirar a candidatura. Seu gesto engrandeceu o PT e a política de PE. Eu espero que o gesto encontre reciprocidade. É de direito do PT indicar o candidato ao Senado. Construir chapa com possibilidade de ganhar a eleição em PE, sem perder o respeito aos adversários".

Desemprego

"O que vai gerar emprego é o dinamismo da economia. A solução é colocar o povo pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda. Eu já fiquei um ano e meio desempregado, sei o que é isso. Para mim, emprego é uma obsessão. Primeira coisa: reunir os 27 governadores (depois os prefeitos) para decidir que políticas adotar para desenvolver os estados. Esse presidente não conversa com ninguém, só com o Twitter e os filhos dele. Eu não prometo política de primeira hora".

Situação de São Paulo

"Eu não posso escolher partido para Alckmin, o que tenho feito é conversar com ele. Acho que temos possibilidade de estar juntos. Eu quero conversar com todo mundo, com quem gosta ou não de mim, com quem vota ou não em mim".

Fernando Haddad

"Eu trabalho com a ideia de que Haddad vai ser o governador de São Paulo. Pela primeira vez, o PT tem chance de governar São Paulo. Os companheiros de outros partidos, inclusive o Psol, participam desse entendimento".

Vitória no primeiro turno

"Eu não quero ser presunçoso e não considero desonroso disputar o segundo turno".

Reeditar o Fome Zero?

"Nós temos que extrair recursos dos mais ricos para melhorar a vida dos mais pobres. Isso não é comunismo, isso é cristianismo".

 

Política de preços da Petrobras

"A Petrobras tem que transformar parte do lucro em investimento. Não tem nenhum sentido a dolarização do preço dos combustíveis. O Bolsonaro não fala em investimento, só fala em vender. Ele parece que nasceu pra camelô".

 

Regulamentar a imprensa

"Eu quero liberdade de imprensa mas com direito de resposta. Não pode deixar a internet do jeito que está. Quem vai discutir é a sociedade, não é Lula que pode fazer isso até porque eu não sei".

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