CARBONO NEUTRO

Inédito no segmento, projeto para combater efeito estufa é lançado por Suape

O Complexo Industrial Portuário de Suape lança Projeto Carbono Neutro, inédito neste segmento da cadeia produtiva

Imagem do autor
Cadastrado por

Augusto Tenório

Publicado em 10/02/2022 às 8:46 | Atualizado em 10/02/2022 às 15:42
Notícia
X

Complexo Industrial Portuário de Suape lança nesta quinta-feira (10) o Projeto Carbono Neutro, inédito neste segmento da cadeia produtiva. A iniciativa visa garantir a sustentabilidade do território e de 8 municípios próximos, contribuindo para minimizar o aquecimento global.

O projeto será lançado no Viveiro Florestal da estatal portuária, onde já foram produzidas mais de dois milhões de mudas de 80 espécies de Mata Atlântica para reflorestamento de áreas degradadas da Zona de Preservação Ecológica (ZPEC), que ocupa 59% dos 13,5 mil hectares do complexo.

Na solenidade marcada para apresentar oficialmente o projeto, serão assinados dois contratos para viabilizar a iniciativa. Estarão presentes autoridades públicas e especialistas do segmento ambiental, além de funcionários do viveiro, responsáveis pela produção e manutenção das mudas. De acordo com a organização, serão seguidos, com rigor, os protocolos sanitários contra a covid-19.

O primeiro contrato é um inventário pela qualificação do estoque de carbono na Zona de Preservação Ecológica. Já o segundo, chamado de Compliance Climático, prevê várias ações, a exemplo da mensuração da emissão de gases de efeito estufa nos 8 municípios do território estratégico de Suape: Cabo de Santo Agostinho, Escada, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Sirinhaém, Ribeirão e Rio Formoso. As empresas que ganharam a licitação foram, respectivamente, a organização não-governamental Associação Plantas do Nordeste e o Consórcio Way Carbon.

O programa Suape Carbono Neutro faz parte das diretrizes estabelecidas pelo Governo de Pernambuco, visando atração de futuros investimentos com equilíbrio ambiental, através do desenvolvimento sustentável.

"Com esses programas consolidados, vamos partir para as ações e mitigações necessárias para transformar Suape num Porto Verde, tendo como meta principal a sustentabilidade do nosso território, para benefício da cadeia produtiva, do meio ambiente e das populações do entorno", comenta Roberto Gusmão, o diretor-presidente de Suape.

José Bertotti, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, avalia que a atual administração de Suape e toda a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico têm protagonizado grandes avanços na área de sustentabilidade da gestão portuária.

"Suape tem conseguido atingir índices importantíssimos no ranking de portos mais sustentáveis do Brasil e o Projeto de Carbono Neutro demonstra o quanto as empresas públicas de Pernambuco, que são muito importantes para a infraestrutura logística do Estado, têm compromisso socioambiental”, afirma o secretário.

Carlos Cavalcanti, diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da estatal, completa: "A preocupação com o meio ambiente é um dos nossos pilares. O crescimento industrial precisar estar atrelado ao desenvolvimento ambiental. Os contratos para esse estudo vão somar um leque de atividades em favor de nossas ações socioambientais. O Viveiro Florestal é o berço da Zona de Preservação Ecológica e um indicador estratégico para minimizar qualitativa e quantitativamente o carbono na atmosfera, integrando os vários compartimentos do ecossistema florestal".

Segundo Cavalcanti, a ideia é comercializar os créditos de carbono no futuro, seguindo metodologias e parâmetros indicados pelo Painel Intergovernamental de Mudança Climática. “Com esse programa e demais ações socioambientais em curso no território, estamos em completa sintonia com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, programa da Organização das Nações Unidas (ONU), o qual somos signatário", reforça.

Viveiro Florestal de Suape

O Viveiro Florestal de Suape, que ocupa 1,7 hectare às margens da rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, tem capacidade para produzir cerca de 450 mil mudas por ano. No espaço, são cultivadas 80 espécies da Mata Atlântica. As mudas são plantadas na Zona de Preservação Ecológica do Complexo, nas ações de reflorestamento da empresa. O equipamento, que também é palco para os cursos ofertados pela estatal às comunidades do entorno, é abastecido por energia limpa, por meio da captação realizada por 22 placas fotovoltaicas instaladas no local desde maio de 2021.

Tags

Autor