Peso do Bolsonarismo?

Na Bahia, ACM Neto pode aproximar-se de Lula, depois que vice do PP rompeu com PT

Na quinta-feira, cientista político disse que Lula e ACM poderiam se unir, na Bahia, para derrotar o bolsonarismo

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Jamildo Melo

Publicado em 14/03/2022 às 20:41 | Atualizado em 14/03/2022 às 20:55
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O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), oficializou nesta segunda-feira (14) o rompimento com o PT, partido do governador Rui Costa. De acordo com o jornal paulista Folha de São Paulo, agora a expectativa é que João Leão seja candidato ao Senado na chapa do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil).

O repórter José Matheus Santos informa que, apesar de ter deixado a base do governo petista na Bahia, o vice ainda poderá manter seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial de 2022, na contramão da posição nacional de seu partido.

Na quinta-feira da semana passada, o cientista político Murilo Hidaldo disse ao blog de Jamildo que Lula e ACM poderiam se unir, na Bahia, para derrotar o bolsonarismo. Na sua avaliação, Lula seria uma pessoa pragmática e poderia sacrificar o candidato do PT, caso não houvesse viabilidade eleitoral. No caso de ACM, a ancoragem em Lula seria uma forma de reagir à rejeição do presidente Bolsonaro na região.

"Com isso, João Leão poderia ajudar ACM Neto a conquistar eleitores lulistas na Bahia e dificultar a transferência de votos do eleitorado do ex-presidente para o pré-candidato do PT a governador, o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues —indicado para a disputa após a desistência do senador Jaques Wagner (PT)".

De acordo com a publicação paulista, o partido comandado na Bahia pelo vice-governador João Leão, começou a se afastar do governo Rui Costa na semana passada. Na quarta (9), o movimento já era iminente, após Leão divulgar uma nota cogitando lançar uma candidatura própria ao governo à revelia ao PT ou apoiar ACM Neto.

João Leão ficou chateado porque soube via imprensa, por meio de declarações do senador Jaques Wagner, que Rui Costa ficaria no governo até dezembro. Até então, segundo líderes do PP, havia um acordo de que o governador renunciaria e disputaria o Senado, o que abriria caminho para João Leão governar a Bahia por nove meses. Nesse cenário, Otto Alencar (PSD) seria o candidato a governador.

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