Acordo entre PT e PSB pode passar por duas secretarias no Estado, Fundarpe e uma diretoria em Suape

Na mesa de negociações entre o PT e o PSB em Pernambuco, para o fechamento de uma chapa majoritária na Frente Popular, consta a oferta de um pacote que inclui a Fundarpe, duas secretarias de Estado (Cultura e Desenvolvimento Social), além de uma diretoria em Suape.

Nesta quarta-feira, a partir de Brasília, o deputado federal Carlos Veras informou que desistiu de disputar a indicação do Senado com Teresa Leitão, também do PT. O aparente problema é que o PSB gostaria de ter a petista na vaga de vice, reservando o Senado para o deputado federal André de Paula. Fontes acreditam que um pedido de Lula, mais a frente, poderia fazê-la mudar de ideia.

O PT, oficialmente, não se manifestou sobre as negociações.

"Chegamos a um entendimento em relação ao Senado conforme previsto, temos agora uma única candidatura, que é da deputada Teresa Leitão. A nossa posição está mantida pela vaga no Senado", informa uma graduada fonte do PT.

Nesta ala de Teresa Leitão, o que se defende é que o PT bata o pé pelo Senado e que Lula diga não a Kassab e André de Paula. Um jantar em Brasília pode definir a aliança com os conservadores de centro, de modo a tornar a chapa mais plural, pelo que se fala nos bastidores.

Lula e o governador Paulo Câmara voltaram a conversar no começo da semana em São Paulo, aproveitando uma visita que o governador fez para um evento de educação.

Na sexta-feira, o presidente Lula deve dar uma entrevista no Estado e deve se posicionar claramente sobre as negociações em curso. Aliados do PSD afirmam que desta semana não passa. Nestas falas públicas, o ex-presidente Lula deve dizer com todas as letras que o candidato dele é Danilo Cabral, colaborando para que a campanha do socialista possa deslanchar sem a 'concorrência' com Marília Arraes.