O PT em Pernambuco, reunido em um hotel no Pina, acaba de aprovar o nome da deputada estadual Teresa Leitão para o Senado na chapa da Frente Popular, com Danilo Cabral na cabeça de chapa. Depois de resolvida a novela interna, neste domingo, o governador Paulo Câmara e Danilo Cabral estarão presentes no encontro de hoje do PT local. Danilo Cabral cancelou o almoço no Mercado da Encruzilhada e vai ao evento para prestigiar a aliada.
O XVI Encontro Estadual do PT Pernambuco tem a presença de 200 delegados indicados pelos atuais representantes das chapas estaduais. Eles estão reunidos no Recife Praia Hotel (no Pina, Recife) para analisar a conjuntura política atual e a tática eleitoral, conforme definido pela Comissão Executiva do PT Pernambuco.
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Quando a guerra interna começou, havia três candidatos, incluindo a deputada federal Marília Arraes e o deputado federal Calos Veras, ligado ao senador Humberto Costa. Mesmo depois de ter dobrado o PSB, que recuou do veto de seu nome, quando ela ameaçou sair do PT e reforçar a oposição, Marília Arraes acabou partindo para voo solo, como candidata ao governo pelo Solidariedade.
Na Frente Popular, outros partidos almejavam o posto, como o PP e o PSD, com André de Paula. Preterido, nesta segunda-feira ele deve anunciar uma aliança com Marília Arraes, eme evento no Recife.
PSB foi aconselhado a largar mão de André de Paula, evitando associação com Bolsonaro
Sob a condição de reserva, aliados da Frente Popular contam como foi a forma que se deu a saída do aliado André de Paula, do PSD, para a oposição. Nesta semana que vem, ele deve anunciar um acordo eleitoral com a deputada federal Marília Arraes. Ela sai para o governo e ele para o Senado.
"É verdade que Lula bateu na mesa e exigiu o Senado, mas não foi só de Lula esta decisão. O marqueteiro deles (PSB) disse que havia a necessidade de que o nome ao Senado fosse ligado ao campo das esquerdas, de modo que o campo de Lula pudesse vir para os braços de Danilo Cabral", afirma uma fonte do blog.
Curiosamente, antes da decisão de se dobrar ao PT, fontes da mesma Frente Popular afirmavam que André de Paula era importante para a composição da chapa porque dialogava com as franjas do centro político, podendo garantir votos entre os mais conservadores.
A avaliação pelo visto mudou, especialmente depois que setores do PT batiam na tecla de que André de Paula votou pela queda de Dilma e vota quase fechado com Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
Na seara de Marília Arraes apostava-se no acordo com André de Paula porque a união eleitoral dava tempo de TV e tirava a candidata do isolamento. Além disto, havia o desejo de tentar reproduzir algo como a figura de Marco Maciel na chapa. Na narrativa, Marília Arraes estaria fazendo como o ex-governador, no passando, unindo-se com a direita em um grande acordo em prol do Estado.
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