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Miguel Coelho e Raquel Lyra se encontram no Recife para alinhar convergência

Com agendas no Recife nesta quinta-feira (19), Miguel Coelho (UB) e Raquel Lyra (PSDB) se encontram para alinhar convergência para as eleições deste ano

Augusto Tenório
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Augusto Tenório
Publicado em 19/05/2022 às 17:07
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CONVERSAS Nas últimas semanas, Miguel Coelho e Raquel Lyra intensificaram o diálogo sobre o futuro - FOTO: DIVULGAÇÃO / MDB
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Com agendas no Recife nesta quinta-feira (19), Miguel Coelho (UB) e Raquel Lyra (PSDB) se encontram para alinhar convergência para as eleições deste ano. Ambos são pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, mas ensaiam aliança e a formação de uma chapa para a majoritária.

"Já passou da fase de 'buscar acordo'. Eles entenderam que precisam se juntar. A questão é que Raquel continua defendendo a tese dela, do mesmo jeito que faz Miguel", diz um aliado do grupo do ex-prefeito de Petrolina, entusiasta da união, ouvido sob reserva pela coluna.

Os encontros entre Miguel Coelho e Raquel Lyra se intensificaram nas últimas semanas. Há cerca de um mês, os pré-candidatos passaram a se encontrar semanalmente em busca de um entendimento, mas a decisão em conjunto ainda não está clara. O clima é de respeito mútuo.

"Pode ser que não aconteça, mas o que se conversa agora é o caminho a ser seguido pelos dois", diz o aliado. O encontro desta quinta também foi confirmado por aliado de Raquel Lyra, ouvido reservadamente pela reportagem.

Miguel Coelho está no Recife para cumprir agendas no Porto Digital e lançar a pré-candidatura de Romero Albuquerque (UB) e Andreza Romero (PP). Raquel Lyra, após o encontro, deve cumprir agenda em Olinda.

Segundo o interlocutor, Miguel Coelho defende que deve ser o candidato ao Governo não somente porque está impossibilitado de concorrer ao Senado por causa da idade. O pré-candidato afirma ter mais estrutura pra tocar campanha, citando ter mais apoio político — o grupo conta apoio de 30 prefeituras, além da união já declarada do Podemos e a expectativa do Patriotas e PSC.

Outro ponto chave seria o tempo de TV. Caso se confirme, o bloco de apoio a Miguel Coelho ofereceria ao pré-candidato do União Brasil aproximadamente Isso dá 2min30, enquanto, no cálculo de interlocutor ouvido pela coluna, Raquel Lyra teria 45 segundos.

"Lá na frente isso vai fazer diferença, quando as pessoas estiverem interessadas na campanha e for preciso não somente apresentar os candidatos, mas também se defender de ataques e combater o PSB", diz aliado.

Aliados de Raquel Lyra, porém, defendem que não faz sentido a pré-candidata ao Governo abrir mão de concorrer ao executivo quando aparece bem colocada nas pesquisas, ao contrário de Miguel Coelho. No levantamento do Paraná Pesquisas, a tucana está em segundo lugar.

Em outra ocasião, um outro aliado da ex-prefeita de Caruaru indicou que Miguel estava 'encurralado' no Sertão, sem conseguir expandir sua pré-campanha às demais regiões de Pernambuco.

Fator Marília Arraes influencia na possível aliança entre Raquel Lyra e Miguel Coelho?

Outra questão é que, na avaliação de diversos grupos de oposição, contava-se com o "derretimento" de Marília Arraes (SD), líder nas pesquisas de intenção de voto. Isso ocorreria porque, sozinha, ela teria menos de 20s de tempo de TV. Com a chegada do PSD e a possível aliança com o PP, esse problema está aparentemente sanado para a ex-petista.

Dessa forma, fez crescer o entendimento, em ambos os grupos, de que é necessário um entendimento para garantir uma candidatura forte. 

Miguel Coelho ainda argumenta que o nome que seria indicado por ele ao Senado caso Raquel liderasse a chapa, Fernando Filho (UB), não seria interessante por ser desconhecido em Pernambuco. Já a tucana, defendem os aliados baseados na pesquisa, teria uma campanha tranquila concorrendo à Câmara Alta.

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