Contas municipais

Votação das contas de Lula Cabral no Cabo é remarcada

Vereadores ligados a Keko do Armazém querem tirar adversário da vida política desaprovando suas contas no Cabo

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Jamildo Melo

Publicado em 15/07/2022 às 15:11 | Atualizado em 15/07/2022 às 15:21
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Depois de ter sido embargada pela Justiça, a pedido de aliados de Lula Cabral, a Câmara de Vereadores do Cabo vai realizar uma nova sessão para julgar as contas do ex-prefeito, na semana que vem.

O principal articulador da movimentação é o vice do Cabo, Professor Arimatéia, do PT, ex-vereador da cidade.

A votação das contas de 2017 de Lula Cabral já foi adiada duas vezes, primeiro do dia 30 de junho para o dia 05 de julho, e depois para o dia 18 de julho.

Para conseguir a liminar, o ex-prefeito alegou que a mudança da forma de participação dos vereadores na votação, de presencial para híbrida, poderia prejudicar o direito de defesa. O PT do Cabo, partido do Professor Arimatéia, diz que se trata de “manobra para ganhar tempo”.

Lula Cabral agora apoia Marília Arraes, que virou alvo do PT e PSB nestas eleições.

Arimatéia disse que o fato de Lula Cabral, ter entrado com uma ação na Justiça para adiar a votação na Câmara, não deve alterar o papel dos vereadores.

“É constitucional. A Câmara tem a obrigada a fazer a votação. Como ela vai votar é uma questão da consciência de cada vereador, mas é uma prerrogativa exclusiva aprovar ou desaprovar as contas do Executivo”,

"O parecer do TCE é meramente opinativo, e que compete à Câmara fazer o julgamento. Recentemente, a própria Câmara fez um relatório que condena a ação da subtração do recurso pelo então prefeito”, assinala se referindo à reformulação do parecer do TCE feita pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal, recomendando a reprovação das contas de 2017 do ex-gestor.

Em entrevista à Rádio Calheta FM, o vice-prefeito e secretário de Governo do Cabo de Santo Agostinho, Professor Arimatéia (PT), disse que a Câmara prevaricou quando deixou de votar pela cassação do mandato do ex-prefeito Lula Cabral.

“Eu propus na época que a Câmara pudesse cassar o ex-prefeito, amparado pelo decreto 201/1967, que imputa crime ao gestor que desvia dinheiro público, mas a Câmara prevaricou e não cumpriu o seu papel”, afirmou o vice-prefeito.

Desde que foi retomado o assunto da votação das contas de Lula Cabral de 2017, alvo do suposto desvio do dinheiro da autarquia CaboPrev, professor Arimatéia vem convocando os vereadores para que reprovem as contas do ex-gestor. Ele declaradamente assume que o objetivo é a perda dos seus direitos políticos.

Prisão em 2017

Depois de denúncia feita em 2017, o ex-gestor chegou a ser afastado por 360 dias do cargo na Prefeitura pelo suposto crime. O processo não foi concluído na Justiça Federal.

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