CÂMARA MUNICIPAL

Após invasão e confusão, contas de Lula Cabral são reprovadas no Cabo

A Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho rejeitou, em sessão realizada nesta segunda-feira (18), a prestação de contas de Lula Cabral (SD) sobre o exercício de 2017

Augusto Tenório
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Augusto Tenório
Publicado em 18/07/2022 às 18:40 | Atualizado em 18/07/2022 às 18:57
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A Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho rejeitou, em sessão realizada nesta segunda-feira (18), a prestação de contas de Lula Cabral (SD) sobre o exercício de 2017. A reunião foi marcada por confusão no legislativo, com manifestantes invadindo o local.

A votação pela reprovação da prestação de contas de Lula Cabral aconteceu por um placar de vinte a zero, com somente uma abstenção, da vereadora Sueleide de Amaro.

Em tempo, a própria realização da sessão, até o último final de semana, era incerta. Isso porque o ex-prefeito entrou com liminar na Justiça, que foi negada.

Na ação, Lula Cabral, que é pré-candidato a deputado estadual com apoio de Marília Arraes (SD), afirmava ser alvo de perseguição política. Para isso, o ex-gestor aponta que as contas de 2015 e 2016 não foram analisadas pela Câmara Municipal.

"Foi uma tarde histórica, em que pudemos fazer a correção mais do que justa de algo que denunciamos em 2018, quando percebemos a suspeita de uma transação financeira que viria desencadear na prisão do ex-gestor pela Operação Abismo da Polícia Federal", afirmou o vice-prefeito, Professor Arimatéia (PT).

Ele, que hoje integra o grupo de Danilo Cabral (PSB), é adversário de Lula Cabral, aliado de Marília Arraes (SD). "Não poderia ser diferente o que hoje vimos acontecer, o que nos prova que a ética e a moralidade estão em alta na nossa cidade", completa o petista.

A votação das contas de 2017 de Lula Cabral já foi adiada duas vezes, primeiro do dia 30 de junho para o dia 05 de julho, e depois para o dia 18 de julho.

Adversários usam como argumento um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O órgão emitiu o relatório final apontando um saldo negativo de mais R$ 88 milhões nas contas do Instituto de Previdência Municipal, o Caboprev.

À coluna, Paulo Farias (PSB), suplente de vereador no Cabo de Santo Agostinho e parte da oposição ao prefeito Keko do Armazém, comenta a confusão. Ele aponta Ronildo Albertim, secretário de Orçamento Participativo, como um responsáveis pela convocação de manifestantes para tumultuar a Câmara.

Ele, ainda, que os manifestantes foram pagos pela atual gestão e ameaçaram jogar ovos no advogado de defesa de Lula Cabral. O jurista teria ficado impossibilitado de continuar seu trabalho.

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