Estratégia
Por que Lula e Bolsonaro fogem dos debates?
Os dois principais concorrentes já afirmaram que não pretendem ir aos debates, com receio de cometer erros e deixar campanha escapar pela boca
Cadastrado por
Jamildo Melo
Publicado em 02/08/2022 às 12:58
| Atualizado em 02/08/2022 às 13:06
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Os dois principais candidatos na corrida presidencial deste ano de 2022 vêm se esquivando de debates no primeiro turno.
Lula (PT) afirma que os debates são importantes. Porém, não seriam tão necessários quanto o contato próximo com seu eleitorado, que seria promovido em viagens pelo Brasil.
No caso de Lula, há uma contradição gritante. Quando ele estava preso em Curitiba, no Paraná, chegou a entrar na Justiça para participar de debates e dar entrevistas.
Já Bolsonaro (PL) diz que não iria pois seria alvo dos demais candidatos, não teria tempo suficiente para reagir e iria "levar pancada".
No caso do presdidente, uma explicação possível é o receio de lidar com o contraditório em situações como estas, uma vez que desde o primeiro mandato aposta nas bolhas bolsonaristas para manter a campanha.
Ambos candidatos, ainda assim, confirmam participações em eventuais debates de segundo turno.
Senador quer obrigatoriedade de debates entre presidenciáveis
Nesta segunda-feira (1º), o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) apresentou um projeto de lei para tornar a participação de candidatos em debates obrigatória.
O projeto propõe que a presença se dê em pelo menos três encontros promovidos pela imprensa durante a campanha, e prevê pena de multa e redução de tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV.
A obrigatoriedade se daria para os candidatos à presidência, governos estaduais e prefeituras de cidades com mais de 200 mil habitantes que tenham no mínimo 5% das intenções de voto.
O não comparecimento resultaria em multa de R$ 50 mil, cancelamento do tempo correspondente a dez programações diárias destinadas à propaganda eleitoral gratuita e devolução dos recursos do Fundo Eleitoral.
