Chiquinho Brazão é expulso do União Brasil após ser preso no caso Marielle
Caso Marielle: deputado federal é acusado de mandar matar Marielle Franco
O deputado federal Chiquinho Brazão foi expulso do União Brasil na noite do último domingo (24). Ele foi preso ontem pela Polícia Federal por suspeita de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.
A decisão do União Brasil teve o apoio de todos os 14 membros da Executiva Nacional que participaram da reunião. A comissão avaliou que Brazão praticou pelo menos três condutas ilícitas previstas no estatuto do partido:
- atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito ao Regime Democrático e aos interesses partidários;
- falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias;
- e violência política contra a mulher.
"O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson", afirmou o partido.
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O estatuto do partido prevê a punição de expulsão em casos de gravidade e urgência. A representação foi apresentada pelo deputado federal Alexandre Leite e relatada pelo senador Efraim Filho.
"Embora filiado ao União Brasil, o Deputado Federal Chiquinho Brazão já não mantinha relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar", disse o partido em nota.
Após ser preso em casa, no Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão foi levado de avião para a penitenciária federal da Papuda, em Brasília. Também foram presos o irmão dele, Domingos Brazão, conselheiro do TCE do Rio, também acusado de ordenar a morte de Marielle, e o delegado Rivaldo Barbosa, que teria atrapalhado as investigações.