Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Informação e análise econômica, negócios e mercados

Quem ajuda o governador nos contatos políticos

Publicado em 27/03/2015 às 21:00 | Atualizado em 27/03/2015 às 21:22
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Com todo respeito que merece o governador Paulo Câmara, mas alguém precisa cuidar melhor de seus contatos para que, na hora de fazer política, pareça com uma melhor articulação, especialmente, em relação ao tempo adequado em que os gestos são apresentados a opinião pública. Em três meses ele cometeu uma série de equívocos que com um cuidado e uma articulação mais profissional de sua assessoria política poderiam ter evitado os constrangimentos que acabou tendo que passar. Nesta sexta-feira, por exemplo, deixou de ir a posse do acadêmico Evaldo Cabral de Melo, um dos mais notáveis linguistas brasileiros, e que estava tomando posse na Academia Brasileira de Letras, para ficar no Recife e receber o ministro do Turismo, Vinicius Nobre Lages que –como se sabe- já estava demitido desde o começo da semana quando confirmou-se a escolha do ex-presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Para sua infelicidade, Lages foi informado de que estava demitido ainda na estrada a caminho de Brejo da Madre Deus. Ora, alguém deveria advertir que o mais adequado seria Paulo Câmara ir ao Rio de Janeiro aonde estava toda a mídia nacional além de ser uma deferência a Cabral de Melo. Mas Paulo Câmara preferiu ver Humberto Martins como Pilatos e Paloma Bernardi no papel de Maria de Nazaré Não foi a primeira vez que errou o lugar. Em janeiro, ele preferiu ir de madrugada visitar a viúva de um sargento da PMPE na rebelião do Complexo Aníbal Bruno. Revelada a visita, suas assessorias informaram que ele não desejava que o gesto fosse interpretado como uma ação publicitária. Dias depois, Paulo Câmara articulou uma conversa com o ex-presidente Lula da Silva, sem que antes sua assessoria política avisasse da conversa. Resultado: a assessoria política de Lula distribuiu a foto do encontro que chegou a mídia como sendo uma coisa quase escondida. E o que é pior: dais depois dele ter uma conversa com liderança do PSDB. Na escolha do presidente da Assembleia Legislativa Paulo também não organizou bem a conversa. Deixou passa a ideia de que não apoiava Guilherme Uchoa que venceu fácil o pleito e ainda escolheu toda a mesa diretora. Não precisa ser uma raposa felpuda na política, mas não precisa deixar tantos furos na articulação.

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