Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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Negócios

Juros baixos estimulam fusões e aquisições. Empresas do Recife estão no alvo

Onda de fusões não se restringe ao setor de saúde e deverá continuar forte em 2021

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 05/11/2020 às 18:43
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Por Leonardo Spinelli, para a coluna JC Negócios

Com mais de 33 operações, o setor de saúde se destaca este ano como um dos segmentos em que as empresas mais realizaram fusões e aquisições. No Recife, a última envolveu a compra do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope) pelo Centro Brasileiro da Visão (CBV), na semana passada. O CBV, aliás, é de propriedade de um fundo de private equity da XP que procura negócios de médio porte nos setores de saúde, educação, serviços financeiros e consumo.

Mas a onda de fusões não se restringe ao setor de saúde e deverá continuar forte em 2021. Na área de tecnologia, por exemplo, também temos exemplos de transações que aconteceram no Recife. Na semana passada a CMTech anunciou a compra da Ihanlt Soluções, duas empresas pernambucanas embarcadas no Porto Digital. Em julho a Embraer comprou a recifense Tempest, especializada em cibersegurança.

Na área de educação assistimos também a frustração da pernambucana Ser Educacional em efetivar a compra dos ativos da Laureate no Brasil. Perdeu a disputa para a paulista Ânima Educação.

Um dos principais motivos para a onda de fusões é a taxa de juros baixa, hoje no menor patamar histórico de 2%. Além disso, há uma outra onda de IPOs (oferta inicial de ações na Bolsa), que levanta novos recursos para consolidação de negócios.

Quando as empresas fazem fusões elas buscam crescimento, diversificação, proteção e, claro, aumento de margem de lucro, como faz a Hapvida ao verticalizar sua operação comprando hospitais e clínicas para ter maior controle de custos. O plano de origem cearense, aliás, realizou sete aquisições durante 2020.

Com a taxa de juros baixa e o dólar, que apesar de ter se desvalorizado agora por causa do resultado quase que fechado na vitória de Joe Biden nos EUA, deverá, no longo prazo, se manter valorizado, dizem os analistas. As grandes empresas vem mostrando bons resultados no pós-pandemia o que indica uma boa recuperação da economia brasileira para 2021, ficando o senão para o cenário fiscal. As compras mostram um cenário otimista.

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Na semana passada a CMTech anunciou a compra da Ihanlt Soluções, duas empresas pernambucanas embarcadas no Porto Digital - FOTO:ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM

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