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Bolsa Família começa pagamento na quinta, mas novo auxílio emergencial só a partir de 16 de abril. Veja as novidades

Como o calendário do Bolsa Família já está acertado anualmente, o novo Auxílio Emergencial deverá ser pago a quem não está inscrito no programa.

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FERNNADO CASTILHO

Publicado em 15/03/2021 às 12:20 | Atualizado em 15/03/2021 às 13:03
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O pagamento do programa Bolsa Família começa nesta quinta-feira (18) para beneficiários com dígito final 1 do NIS (Número de Identificação Social), mas sem incluir o valor da PEC Emergencial sancionada na manhã desta segunda-feira (15) pelo Congresso Nacional.

O calendário de pagamento do Bolsa Família segue uma lógica bem ajustada, sempre nos 10 dias úteis das duas últimas semanas do mês. Assim, como março tem 31 dias, o pagamento começa quinta-feira e segue até o dia 31, quarta-feira.

Isso que dizer que quando começar a ser pago, o novo Auxílio Emergencial deverá ser pago, inicialmente, a quem não está inscrito no Bolsa Família.

Se o governo optar pelo inscritos do CADÚnico, o auxílio deverá ser pago a aproximadamente 10,48 milhões de pessoas, 3,43 milhões apenas no Nordeste.

O problema, entretanto, continua em relação aos que não fazem parte do CADÚnico. Eles somam, segundo o Ministério da Cidadania, 38,14 milhões de pessoas. Até agora, o Governo não divulgou os critérios oficialmente.

Há informações, não confirmadas, de que o auxílio será entre 150 e R$ 350. Se o governo optar por pagar a todas as pessoas inscritas regularmente no app da Caixa (67,84 milhões de pessoas) o valor seria de apenas R$ 162,00.

O desafio do Governo, portanto é definir novos critérios. Sabe-se, por exemplo, que ao contrário do que aconteceu no Auxílio Emergencial de 2020, não será permitido que dois membros de uma mesma família recebam o valor.

No ano passado, o Nordeste, que tem aproximadamente 50% de todos os inscritos no CADÚnico e do Bolsa Família, recebeu R$ 15,36 bilhões dos R$ 47,20 bilhões pagos já na primeira parcela.

Nas regiões Norte e Nordeste, os beneficiários diretos do programa representaram a transferência direta de renda para 38% da população. Mas no Piauí, esse número chegou a 39,9%, e na Bahia, a 38,8%. No ano passado, o programa chegou a 32% da população do Brasil com renda de até 1/2 salário.



Isso exigirá que o Ministério da Cidadania cruze os dados do CADÚnico e do Bolsa Família, por exemplo. Uma outra informação não confirmada é se as 6.072.522 mães solteiras inscritas no Bolsa Família terão algum tipo de benefício especial. Ano passado, elas receberam, nas nove parcelas pagas no depósito do Bolsa Família, R$ 8.400. Atualmente, o máximo que elas estão recebendo é R$ 372.

O benefício começa em R$ 89 mensais e pode ter parcelas adicionais de: R$ 41 para crianças, adolescentes e gestantes; R$ 48 para adolescentes de 16 ou de 17 anos. Somente se uma família reunir todas essas possibilidades pode receber o valor máximo.


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