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Jaboatão terá maior planta de triagem mecânica de lixo do País

O projeto vai gerar mais de 150 novos postos de trabalho e a planta estará em operação no início de 2022

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JC

Publicado em 10/05/2021 às 14:30 | Atualizado em 10/05/2021 às 19:02
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Com investimentos de R$ 70 milhões, a empresa Orizon Valorização de Resíduos iniciou a construção de uma planta que vai integrar o ecoparque da companhia em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O local vai garantir o tratamento de 500 mil toneladas de resíduos sólidos ao ano transformando-a na maior planta de triagem mecânica do país.

Os investimentos foram feitos na aquisição de sistemas e maquinários de alta tecnologia alemã que vão ampliar o sistema de triagem, comumente chamado de Unidade de Triagem Mecânica (UTM), que vai receber os resíduos sólidos e fazer a separação mecanizada dos materiais, que podem ser enviados à reciclagem para aproveitamento na cadeia produtiva da indústria.

Segundo o CEO da Orizon, Milton Pilão, a nova tecnologia trará mais eficiência de tratamento ao ecoparque de Jaboatão dos Guararapes, com reaproveitamento de 75% a 85% de material reciclável e potencial de produção de até 100 mil toneladas ano de combustível derivado de resíduos.

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JABOATÃO USINA DE PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS SOLIDOS - DIVULGAÇÃO

Esse sistema já é bastante utilizado na Europa e Estados Unidos, mas o método foi adaptado no Brasil para não abrir mão da qualidade humana na separação de materiais. O projeto vai gerar mais de 150 novos postos de trabalho.

“O projeto foi tropicalizado para fazer a separação e selecionar o que tem de valor, com um elevado nível de sofisticação. A Orizon optou por um processo robusto capaz de triar os resíduos que chegam ao ecoparque, e a melhor forma de alcançarmos esse objetivo é através da utilização de mão de obra. Apesar da tecnologia permitir a utilização de leitores óticos no processo de final de triagem, entendemos que a qualidade dessa entrega ainda é melhor com as pessoas”, afirma Milton Pilão.

A planta estará em operação no início de 2022, em três turnos, transformando inclusive de 20% a 25% do material que chega ao ecoparque em combustível derivado de resíduo, o chamado CDR, que poderá ser utilizado por cimenteiras – em substituição aos combustíveis fósseis.

O ecoparque já recebeu 1,5 milhões de toneladas em 2020, equivalente aos resíduos gerados por 3,7 milhões de habitantes da Região Metropolitana de Recife, além de Fernando de Noronha.

A partir de agora, a Orizon dará início às obras de construção da estrutura de 20 mil metros quadrados, que vai receber a nova tecnologia. Em paralelo, o fabricante Stadler iniciará o projeto detalhado e a fabricação dos maquinários que compõe o sistema.

A Orizon é uma empresa de tratamento e valorização de resíduos que acredita no desenvolvimento sustentável das cidades e investe constantemente em inovação e tecnologia para gerar energia limpa, desenvolver a economia circular e proteger o meio ambiente e a saúde da população.

Ela também foi a primeira empresa brasileira a gerar e negociar créditos de carbono pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU; a companhia responde por 30% dos créditos gerados no país e é a líder neste mercado, com 3 milhões de toneladas por ano - o que equivale à plantação de quase 20 milhões de árvores ou retirada de 570 mil carros das ruas por ano.

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